quarta-feira, 28 de abril de 2010

A mensagem da Paz

Texto Base: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5: 9)

A mensagem da Paz

O coração humano encheu-se de medo da presença de Deus após o pecado. Adão e Eva se esconderam ao ouvir a voz do Senhor no jardim do Éden (Gn 3:8). Antes, o momento da viração da tarde era esperado com alegria, pois a sua expectativa era ver e ouvir o seu amado Criador. O primeiro casal desfrutava da comunhão celeste, podendo perguntar e ouvir as respostas divinas acerca de todas as coisas. Como era maravilhoso viver assim… Realmente este é o significado de “paraíso”: a presença de Deus conosco sem barreira alguma.

Entretanto o pecado fez a separação entre Deus e o homem (Is 59:2). Um grande abismo se formou por causa da desobediência e o orgulho semeado no coração humano pelo desejo de ser independente de Deus, conhecedor do bem e do mal… Antes Adão e Eva conheciam apenas o bem, agora, experimentaram o mal (Gn 3:6-7). E como isso era ruim. Quantas conseqüências funestas (Rm 3:23, 6:23). Quanto sofrimento (Gn 3:14-19). Quanta confusão e destruição.

O coração do homem ficou sem paz (Is 57:21, 59:8). Inquieto (Gn 4:12). Ansioso (Lc 12:22-30). Triste (II Co 7:10). Culpado (Tg 2:10). Sentindo-se condenado (Jo 3:18). Afastado de Deus. Perseguido pela culpa e sem o caminho de volta. Era necessário que uma mensagem de paz para trazer esperança e devolver ao homem aquela doce e preciosa comunhão. E Deus mesmo se encarregou disso (Ef 2:14).

No Éden Deus anunciou a esperança e concretizou-a na plenitude dos tempos. O anjo anunciou: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. e isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc:2:10-14).



O Príncipe da Paz

Um dos nomes de Jesus é “Príncipe da Paz”, anunciado 700 anos antes do seu nascimento, pelo profeta Isaías (Is 9:6). O seu governo é de paz (Jo 14:27). Ele se revela como Deus e regente da paz, sendo Ele mesmo a nossa paz.

A felicidade do homem está profundamente relacionada com a paz: paz com Deus, paz consigo mesmo e paz com o próximo. A paz com Deus é estabelecida pelo perdão dos nossos pecados (Rm 5:1). Somente o coração limpo pode contemplar o Senhor e usufruir dos benefícios de sua comunhão gloriosa (Mt 5:8).

A saudação dos cristãos é: “a paz do Senhor”, ou “graça e paz”. É com estas palavras que se iniciam as cartas apostólicas do Novo Testamento (Rm 1:7, I Co 1:3, Gl 1:3, Ef 1:2, Fp 1:2, I Ts 1:2). A paz com Deus advém da segurança de termos os nossos nomes escritos no Livro da Vida. “Já não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

As nossas dívidas diante da justiça de Deus foram encravadas na cruz (Cl 2:14). “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele”… (Is 53:5b). Em Cristo, nós fomos justificados, isto é, os nossos pecados foram “zerados”, “apagados”, “pagos” à justiça de Deus, e não há mais condenação (Rm 8:1), aleluia! Passamos a ter uma nova vida (II Co 5:17), uma nova história e teremos um novo nome na glória celestial (Ap 2:17).

Ser um Pacificador

Jesus disse que nos daria a sua paz, e realmente cumpriu sua promessa. Porém faz-se necessário manter essa paz em nossos corações (Rm 12:8). E isto depende de nós. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5: 9). Os filhos de Deus também são filhos da paz. São pacificadores (Rm 12:18). Agentes de paz (II Co 13:11). Transbordantes de paz (Gl 5:22). Semeadores da paz (Rm 10:15).

Para manter o coração cheio de paz é necessário estar sempre com o coração limpo, santo. Sabemos que “santo” não é o que nunca se suja, mas o que sempre se lava. Sempre se lava no sangue do Cordeiro. Se purifica na fonte carmesim do Calvário, de onde procedem perdão e santificação pela atuação do Espírito Santo (I Jo 1:7-9).

Ser um pacificador não consiste em estar “separando brigas dos outros”, ou “pondo água na fervura” dos conflitos alheios. Mas ser um pacificador é ser um semeador da paz, da verdadeira paz. “Orai pela paz de Jerusalém, sejam prósperos os que te amam” (Sl 122:6-9). Esta Jerusalém não é apenas a capital de Israel na Palestina, mas a Jerusalém celestial, a igreja (Gl 4:25-26).

Precisamos orar pela paz, ou melhor pela total direção do Senhor em sua igreja e para que se implante o governo do Príncipe da Paz na Jerusalém terrestre também. Somente experimentamos a paz do Senhor quando estamos no centro de sua vontade. E nada existe melhor do que isto: estar no centro da vontade de Deus. Você tem experimentado essa bênção em seu viver? Você está em paz com Deus? Em paz consigo mesmo? Se alguma coisa te condena ou perturba, confesse a Deus, receba o seu perdão e não aceite mais acusações do inimigo em sua mente. Você está em paz com o seu próximo? Há alguma coisa para perdoar? Alguma coisa para pedir perdão? Acerte com o seu próximo enquanto é tempo e seja um pacificador.

Desafios para a semana

Leia com atenção estes textos e aplique-os à sua vida: II Co 13:11, Gl 5:22, Ef 4:3, 6:23, Cl 3:15, I Ts 5:23, 3:16, Hb 12:14.

Neste final de ano, procure dar de presente literatura (folhetos ou livros) que falem da paz e da salvação, aos seus amigos, colegas de trabalho, formandos e parentes.

Ao amanhecer de cada dia, ore e ministre a paz do Senhor em seu lar, local de trabalho e por onde você for passar. Lembre-se que somos agentes da paz e devemos levá-la através de nossas palavras e atitudes. A paz do Senhor irá aos corações que se abrirem para recebê-la.

Decore alguns desses versículos sobre a paz, principalmente Jo 14:27 (ensine-o aos seus filhos, netos e/ou sobrinhos).

Compartilhe na célula sobre situações em que você viu a atuação de Deus através de sua vida, usando-o como agente da paz.

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