quinta-feira, 29 de abril de 2010

O TRATAMENTO DO AGRICULTOR

(João 15.1-6)

Notamos aqui, como se fosse um jardim espiritual. Deus é o Agricultor, seu Filho Jesus Cristo é a Planta, alias a única Planta, indicando assim a inexistência de outra forma de vida, a não ser Nele, e nós que somos os ramos dessa Planta a Videira Verdadeira.

ESTRUTURA:

I- Jesus Cristo a única Planta - A Videira Verdadeira:

1. Jo 15.1 - Cristo é a videira Verdadeira, e Deus é o Agricultor, o que cuida e cultiva essa planta.

2. Jo 15.5b - Se nós não estivermos enxertados na Videira Verdadeira, nada podemos realizar, pois à Ele todos as coisas lhes foram sujeitas.

3. Jo 15.4 - Quando permanecemos em Cristo, somos ramos que produz frutos, e esses alimentam as outras almas, pois quem por Ele se alimenta, por Ele vive. Tenhamos a certeza que Cristo é nossa suficiência.


II- Nós somos os ramos:

1. Jo 15.5 - Israel é o ramo Verdadeiro, este ramo não aceitou estar na Videira Verdadeira, então foi dado à todos os povos, de todos as línguas e nações serem os ramos enxertados.

2. Jo 15.4 - O ramo não produz fruto se a Videira não produzir vida nos ramos.

3. Jo 15.2 - O ramo que produz fruto é podado, para que venha produzir mais frutos ainda, pois só produzimos frutos se Nele estivermos e Ele em nós estiver.


III- Os que são queimados:

1. Jo 15.6 - Os que não estão na Videira Verdadeira, não tem vida, logo não produzem frutos, e por esse motivo são cortados pelo Agricultor e lançados para fora.

2. Jo 15.6 - Esses ramos que não estão na Videira Verdadeira são queimados no fogo ardente.


CONCLUSÃO: Muitos são os ventos que querem derrubar os ramos que produzem frutos. No entanto, Cristo é nossa suficiência, e socorro bem presente na hora da angustia. Os que confiam no Senhor são como os montes em volta de Jerusalém, os quais nunca se abalam, mas permanecem para sempre, pois Ele é nossa fortaleza. Quem ainda não produz frutos, é bom examinar a sua vida.

TRES OFERTAS DA ARCA

(Genesis 6.12-14; 21.22)

- As pessoas correm à procura das melhores ofertas, tanto no comércio como noutras áreas da vida secular. E nesta correria atrás do que é material e perecível, se esquecem das ofertas de Deus, da oferta espiritual, eterna e incomparável.

- Lembra-nos portanto, que Jesus Nossa “Arca”, deseja oferecer o que se segue abaixo, a ainda muito mais , a todo aquele que entrar por Ele.




I- A importância da Arca = Jesus Cristo = O Salvador Ungido

1. Gn 6. 12,13 - Porque a terra se havia corrompido = Porque a Terra não conhece Jesus: Todo o povo da terra havia se tomado em erro, e todo o povo estava mergulhado em transgressão, não havia salvação para aquelas pessoas, dado o tamanho da desgraça de todos. A Terra havia se enchido de violência.

2. Gn 6. 13- O Juízo era inevitável = Os que não crêem em Jesus estão perdidos: Deus teria de dar um fim á toda aquela nação, não seria possível a Deus aceitar tanto pecado do homem que por Ele fora criado.

3. Gn 7.22,23 - Todos foram exterminados = Todos que não aceitarem Jesus serão exterminados: Deus não permitiu a salvação à ninguém que havia se corrompido. Como todos pecaram todos foram exterminados,


II - A Segurança da Arca = Jesus Cristo = O Salvador Ungido

1. Gm 6. 14-16 - O Senhor planejou a Arca = O Senhor planejou a vinda de Cristo: Deus planejou a construção da Arca, determinou sua forma e suas medidas, seu compartimentos e seu objetivo redentor. Deus planejou também a vinda de seu Filho lá do céu, o qual se fez homem e habitou entre nós para buscar e salvar os que se haviam perdido, mas que por meio do arrependimento creram em sua obra redentora.

2. Gn 6. 18 - O Senhor destinou a Arca para o povo = O Senhor destinou o seu Filho para o mundo pecador: Aqui nesta passagem, Deus determina que a Arca era para a salvação de toda a família de Noé, a qual serviu e acreditou no Deus Eterno. Assim é Cristo, nossa Arca, determinada por Deus para a nossa salvação.


III - A suficiência da Arca

1. Gn 6. 21,22 - A Arca era suficiente = Jesus Cristo é suficiente para nossa salvação: Assim como a Arca tinha, todas as condições de sustento e manutenção dos salvos, assim também encontramos em Cristo toda a suficiência parra a nossa salvação, pois Ele aperfeiçoado pelo Pai por meio de sua ressurreição, veio a ser o autor e consumador de nossa fé, bem como autor da eterna salvação para todos que lhe obedecem, pois Cristo é tudo em todos. Todos que entraram na Arca se salvaram, assim como todos que fazem a vontade de Deus possuem a sua salvação através da Graciosa Arca, A saber Cristo Jesus.


CONCLUSÃO:

- Para todo o povo corrupto da época de Noé, a Arca fora motivo de riso e zombaria, pois nunca havia ainda caído chuva sobre a face da terra até o dia do dilúvio. O povo duvidou de tão grande livramento de Deus para os que não havia se corrompido. Assim é Cristo para o mundo de hoje, pois ninguém crê que Ele virá até nuvens com seus anjos à livrar a sua Igreja pura e sem mancha, de uma época de perdição e sofrimento eterno.O mundo acredita em horóscopo, mas não quer acreditar em Cristo. Para Noé e sua família, a arca foi segurança suficiência e salvação. Jesus é tudo isto e muito mais para todos os que obedecem a Ele. Portanto as três ofertas da Arca oferecidas na época são hoje oferecidas à nós por meio de Cristo, a saber: Segurança,Suficiência e Salvação.

OS DEZ "NUNCA " DE UM PASTOR

Os dez "nunca" do pastor: como perceber e evitar erros na hora de pastorear

Como resultado de minha experiência e observação no ministério, cheguei a alguns "nunca" que, creio, serão de grande utilidade para os nossos pastores e líderes. Espero que essas orientações estejam sempre na sua cabeceira e sejam vistas todos os dias antes de sair de casa.

1- NUNCA "PESQUE EM AQUÁRIO DOS OUTROS"
Tenho visto muitos pastores "pescando em aquários", convidando membros de outras comunidades para se tornarem membros de sua igreja.
Eticamente isso é um grande erro, pois além de causar problemas de relacionamentos com seus colegas pastores, produzirá questões de relacionamento também entre as igrejas. Por outro lado, a Palavra de Deus nos adverte a não abandonar nossa congregação (Hebreus 10:25), e quando você convida alguém para fazer isso e se filiar á sua igreja, estará indo contra a bíblia. Cuidado! Será que não há outras pessoas mais necessitadas do que os irmãos de outras igrejas para você convidar?

2- NUNCA TOME PARTIDO NUMA QUESTÃO SEM OUVIR OS DOIS LADOS
Esse é um problema delicado, lamentavelmente tenho visto pastores se enredando em questões ministeriais, porque, ao ouvirem uma facção da igreja que apresente uma causa, já tomam logo partido em defesa deste lado, sem ouvir o outro. Isso infelizmente pode trazer injustiças e problemas de relacionamento. Entretanto, julgue a luz da Bíblia, ouça os dois lados, ore e dependa do Espírito Santo, para direcionar a questão.

3- NUNCA DEIXE DE PREGAR A PALAVRA DE DEUS COM MEDO DE OFENDER AS PESSOAS
Alguns companheiros não falam sobre determinados assuntos com medo de ofender as pessoas. Isso é pecado! Há pastores que não falam sobre dízimo e ofertas, com medo de o povo sair da igreja. Pessoalmente, eu prefiro que os avarentos saiam da igreja, por eles não terem parte no reino de Deus. (Efésios 5.5.). Sempre se pergunte: "Devo agradar a Deus ou aos Homens?"

4- NUNCA USE O PÚLPITO PARA ATACAR PESSOAS OU DESCARREGAR SUAS ANSIEDADES E PREOCUPAÇÕES PESSOAIS
O púlpito da igreja é um lugar especial e reservado para a pregação e ensino da Palavra de Deus. O uso do púlpito para "indiretinhas" e "piadinhas", para uso pessoal, também é pecado. Quantos saem da igreja frustrados e magoados por notar que uma conversa com o pastor ou alguém do corpo ministerial virou o tema do sermão da noite de domingo? Isto ocorre, principalmente entre os imaturo, novos convertidos.

5- NUNCA PEÇA DINHEIRO EMPRESTADO
"O que toma emprestado é servo do que empresta" (Pv. 22.7). O pastor estar com sua mente livre de preocupações. É terrível pregar com ansiedade, sabendo que naquela semana há uma conta para pagar.
Alguns pegam dinheiro da igreja com a idéia de que depois vão repor. Pastor, nunca faça tal coisa! Isso abre uma brecha para os ataques do inimigo, que poderá usar uma situação como essa para destruir seu ministério. O diabo é experto nisso, ele pode usar uma situação de envolvimento financeiro para acusar o pastor e deixa-lo sem autoridade espiritual. Cuidado! "Nunca dê o passo maior do que aspernas"

6- NUNCA SUBSTIME O MINISTÉRIO ANTERIOR AO SEU
Existem alguns pastores que, ao assumirem a liderança de uma igreja, tem a tendência de mudar tudo. Desrespeitam o ministério anterior da igreja. Sempre jogam a culpa nos antecessores, falando mal da administração, da visão, do jeito de trabalhar do outro, etc. Lembre-se de que um dia também poderá ser substituído e que o que está fazendo agora, poderá ser melhorado pelo seus sucessores. Perfeição, só no céu!

7- NUNCA MANUSEIE FINANÇAS DA IGREJA
O pastor nunca deve tocar nas finanças da igreja. Deixe que o tesoureiro cuide disso e que a comissão de exame de contas sempre apresente o relatório. Nesse delicado assunto, o pastor nunca deve legislar em causa própria. Você poderá compartilhar com a diretoria da igreja suas necessidades ou dificuldades financeiras, mas deixe que eles tomem as decisões sobre seu salário e benefícios.

8- NUNCA FAÇA CAMPANHAS PARA ARRUMAR CASAMENTO
Há muitas pessoas que não respeitam a situação do solteiro e ficam pressionando para que ele arrume um casamento. Já ouvi de alguns casamentos frustrados, "arranjados" por pastores. O pastor deve saber que Deus o cobrará se isso acontecer. Saiba que Deus tem a pessoa certa, na hora certa, se esta for a vontade Dele, e não a sua.

9- NUNCA SE ESQUEÇA DE SUA FAMÍLIA
A primeira prioridade do ministro é a sua própria família, que inclui esposa e filhos. O apóstolo Paulo diz que o pastor "deve governar a sua casa criando seus filhos sob disciplina, com todo respeito" (I Tm. 3.4). No versículo seguinte, inclusive, o escritor diz que aquele que não governar sua casa está desqualificado para o ministério.
Quantos infelizmente querem ensinar e pregar para a igreja e não podem, até fazem, mas será que dá certo? Alguém o obedece? Como isso pode acontecer se os de sua casa não estão nem aí? E vice e versa.

10- NUNCA SE ISOLE NO MINISTÉRIO
É muito importante ter amigos para compartilhar as lutas e tribulações. Tenho visto líderes caírem em pecado por serem muitos independentes. A bíblia diz "Levai as cargas uns dos outros" (Gl. 6.2). Como pastores e líderes, precisamos de companheiros com quem possamos abrir nossos corações, orarmos juntos, exortarmo-nos e edificarmo-nos mutuamente. Pastor busque alguém que você sabe que leva Deus a sério e o convide para ser seu companheiro!

EM MEIO A UMA SITUAÇÃO DE ANGÚSTIA HÁ ESPERANÇA

1 Samuel 1

- Ana era uma mulher que estava enfrentando uma profunda angústia. Ela queria ter filhos mas não podia ter. A Bíblia fala que a nossa vida pode ser uma vida abundante, cheia de gozo e vitórias espirituais. Porém muitos crentes ficam angustiados, por não experimentarem essa vida abundante em Cristo.

2. Como podemos ter esperança em meio a uma situação de crise:

2.1 Em meio há uma situação de angústia haverá esperança quando não aceitarmos viver no fracasso (“Ana ....orou ao Senhor, chorou muito e fez um voto...” v.10,11)
- Tem muitas pessoas que aceitam uma vida de derrota como algo natural. Diante dos fracassos essas pesoas dizem: “Foi a vontade de Deus, irmão”. Como Filho de Deus não aceite viver como derrotado. Ana não aceitou a situação em que estava. Ela resolveu orar, e fazer a sua parte para desfrutar da vitória de Deus em sua vida.

- Você deve dizer: Eu não aceito em nome de Jesus essa situação de tristeza, de confusão na minha casa, de desemprego, eu não aceito a destruição trazida pelos vícios, eu não aceito essa angústia, essa depressão.

- A Palavra diz: “Por meio de Ti vencemos os nossos inimigos...”Salmo 44:5. Em I João 5:4: “pois todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.

2.2 Em meio a uma situação de angustia haverá esperança quando buscamos a nossa vitória na Igreja (“...E todas as vezes que Ana subia a casa do Senhor...” v.7)
- Alguns dizem: “Pastor, eu estou buscando uma vida de vitória em casa”. Essa vitória nunca será alcançada. O povo de Deus, busca vida de vitória na Igreja. Um rapaz que não ia mais a Igreja, disse: “Eu estou em casa, só na benção, não preciso mais da Igreja. Isso não existe, é engano.

- Quando estamos angustiados Satanás coloca em nossa mente a vontade de se afastar da Igreja. Quem se afasta da Igreja por causa de angústias, de decepções, de problemas, fica mais fraco. Um crente sem igreja é como um carro sem rodas: Ele não anda, não cresce, não recarrega suas forças, nunca sairá do lugar.

- A palavra diz: “Eu amo, Senhor, a habitação de tua casa, e o lugar onde a tua glória assiste” (Salmo 26:8).

2.3 Em meio a uma situação de angústia haverá esperança quando entregarmos tudo a Jesus (“venho derramando a minha alma perante o Senhor...” v.15)
- Se você não for capaz de entregar tudo a Cristo, então não será capaz de experimentar tudo que Deus tem para tua vida.

- Muitos enfrentam sérias crises, porque não aprenderam ainda a entregar seus filhos a Deus, suas profissões a Deus, suas finanças a Deus.

- A Bíblia diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará”. Salmo.

3. conclusão
- Um pregador falava entusiasmado em praça pública para uma grande multidão. De repente, um zombador disse: “Pregador, o seu Jesus pode fazer tanta coisa como você está dizendo, mas não pode mudar a roupa deste mendigo ao seu lado.

- O pregador sem ficar perturbado disse: “Talvez você tenha até razão, amigo. Jesus provavelmente não está interessado em mudar agora a roupa desse mendigo ao meu lado, mas eu tenho certeza que Cristo quer mudar o mendigo que está dentro dessa roupa”.

à MORAL: Antes de mudar teu carro, melhorar teu salário, mudar tua roupa, Jesus quer mudar teu coração nesta noite. Ele quer que você viva em dimensão de vitória, Ele quer que você o busque na comunhão com a Igreja, e Jesus quer que você aprenda a entregar tudo a Ele.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Valor da Igreja

Texto-Base: “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” Ef 4:12.

O que é a Igreja
A igreja é a reunião dos salvos, o “corpo de Cristo”. A nossa confissão de fé declara: “cremos que uma igreja visível de Cristo é uma congregação de crentes batizados, que se associam por um pacto na fé e comunhão do evangelho; que observam as ordenanças de Cristo e são governadas por suas leis; e que fazem uso dos dons, direitos e privilégios a eles concedidos pela Palavra de Deus [...]”.

A palavra “igreja” vem do grego “ekklesia” e significa “uma reunião ou assembléia”. A palavra veio caracterizar a reunião dos salvos, o ajuntamento dos remidos pelo sangue do Cordeiro. No NT, nós a encontramos sendo citada 110 vezes. Jesus é o Senhor da Igreja, Ele a estabeleceu e fundou. Ele é o cabeça da igreja (Cl 1:18). Em Mt 16:18, o Senhor Jesus afirma que Ele mesmo edifica a sua igreja e que as portas do inferno jamais irão prevalecer contra ela.

Existem algumas figuras da igreja na Bíblia, que nos fazem compreender melhor quem somos, e como funciona a igreja. Em I Co 3:9, Paulo nos dá duas figuras: a lavoura e o edifício de Deus. A lavoura nos dá a dinâmica do crescimento e frutificação. Numa lavoura, encontramos as plantas em vários estágios de seu crescimento: o grão recém semeado, que germinou, arrebentou a casca e já começa a sair o caule com pequeníssimas raízes. Há os que já se enraizaram bem e estão com folhas e frutos.

O Pai Celestial é o nosso agricultor, conforme a palavra de Jesus em Jo 15: 1. Ele exerce o papel importantíssimo de coordenar todas as coisas para que a produção aconteça com sucesso. É Ele quem poda e colhe os frutos.

Quanto à figura do edifício, Pedro diz que somos pedras que vivem e somos edificados “casa espiritual e sacerdócio santo” (I Pe 2:5). As pedras das construções antigas (da época do NT) eram feitas à base de pedras lavradas no tamanho certo para serem encaixadas umas nas outras e sendo então formado o edifício. Assim todos nós precisamos estar “encaixados” ou “ligados” uns aos outros para que a construção aconteça e Deus nela habite…

O Sacerdócio Universal dos Crentes
No VT, Deus escolheu a tribo de Levi para ministrar diante dele nos cultos públicos. E da tribo de Levi, Ele escolheu os homens da família de Arão para serem sacerdotes. Cada sacerdote do VT era consagrado através da unção com óleo, simbolizando a confirmação e capacitação do Espírito Santo.
Entretanto, no NT, Jesus veio, deu a sua vida na cruz por nós, ressuscitou e ascendeu aos céus, enviando-nos o Espírito Santo, capacitando-nos assim para toda a obra de Deus. Todo crente é um sacerdote. Todo crente pode orar, interceder pelos outros, ler as Escrituras e compreender suas verdades. I Pe 2:1-5; Ef 4;2-7; Ef 4:11-16; I Co 12:4-27; II Tm 3:14-17; I Co 3:6-9; Mt 16:15-19.

O Verdadeiro Templo de Deus
Deus não habita no prédio da igreja. Não são tijolos e cimento que formam a igreja, mas as “pedras vivas”, as pessoas que experimentaram o novo nascimento, a conversão de seus corações a Cristo. Nós somos o templo do Espírito Santo de Deus na terra. I Co 3:16-19.

No VT a presença de Deus estava restrita ao templo em Jerusalém, através da figura da arca da aliança. Então a mensagem para se conhecer Deus era: “vinde” a Jerusalém. O povo vinha para comemorar as festas judaicas: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Mas a grande comissão de Jesus nos diz: “ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Então não nos limitamos às paredes do templo para a pregação do Evangelho. Não devemos ficar esperando que as pessoas venham, mas nós precisamos ir a elas.

E a ordem do Senhor é a de fazermos discípulos por onde formos. Nas escolas, no trabalho, na rua onde moramos, onde estivermos devemos anunciar as boas-novas da salvação. Este é o nosso encargo dado pelo Senhor da seara que já está branca para a ceifa.

Nossa Visão é Conquistar Nossa Geração
Nós dependemos totalmente do Senhor, mas não podemos ficar passivos na evangelização. Ele já nos deu a ordem de comando: “ir e fazer discípulos”. A realidade do inferno foi descrita pelo próprio Senhor Jesus. Almas sedentas, sofredoras, perdidas estão cada dia morrendo ao nosso redor. É necessário alcançá-las com o amor de Deus.

Nossa visão é ganhar essa geração. O que você tem feito para isto? A quantas pessoas você falou do evangelho hoje? A quem você convidou nessa semana para conhecer sua célula?

Uma Só Linguagem e Propósito para Alcançar o Alvo
O povo de Deus fala a língua dos céus: o louvor e a vontade de Deus. Outra linguagem não é celestial. No episódio da torre de Babel, o Senhor disse que não haveria barreiras para o povo em Sinear, pois todos falavam a mesma língua (Gn 11:6). Existe a unidade da linguagem: se todos em sua célula falarem a linguagem da evangelização, certamente haverá multiplicação e grande crescimento, não é verdade?

A unidade de propósito nos fala de todos terem um só alvo. Correrem numa mesma direção. Qual é o propósito, o alvo de sua célula nesse mês?
A unidade da obra nos fala de trabalho em conjunto. Unânimes para cumprirem uma meta ou construírem algo. Que tal um trabalho social, a preparação das cestas básicas para os irmãos necessitados?

As Reuniões das Células e os Cultos de Celebração
As reuniões nas células trazem a alegria do encontro com os irmãos, a comunhão. A comemoração dos aniversários, a oração uns pelos outros, o “tirar as dúvidas”, o compartilhar experiências e os testemunhos da operação majestosa do Senhor nas vidas de cada um. Como é bom reunir com os irmãos!

No templo temos os cultos de celebração da glória de Deus, quando nos encontramos com tantos irmãos e adoramos juntos ao Senhor. É um momento festivo que deve ser incentivado e fazer parte da nossa vida. Hb 10:25.

Para refletir e comentar com os irmãos na célula:
Alguns valores chaves com relação às células são: as células são a base da igreja. A reunião da célula deve ser prioridade para mim. As reuniões são semanais. Acontece a multiplicação de modo espontâneo, e cada liderança prepara um líder em treinamento.

Valores chaves da celebração: Podemos fazer oração em concordância para a conquista da cidade e guerra espiritual. Podemos dar o testemunho público de maneira muito forte. É tempo de evangelismo. É lugar de ensino doutrinário.

Limpos de Coração

“Bem aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” Mt 5:8.

A condição de um coração limpo é fundamental para uma vida livre na presença de Deus. Quando a pessoa se livra do fardo do pecado e da condenação, então pode experimentar a verdadeira alegria de viver. Pode correr a carreira que lhe está proposta e, certamente, alcançará o supremo alvo estabelecido pelo Senhor: ser um cristão maduro, semelhante a Jesus, aleluia!
A Bíblia nos diz: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hb 12:1-2). É necessário livrar-se do peso e do pecado no coração. Que peso seria este?
O peso da culpa. Todo pecado precisa ser confessado e abandonado, para que haja cura, libertação e total liberdade diante de Deus e dos homens. Há pecados que foram cometidos secretamente e muitas vezes o inimigo aumenta a carga de culpa no coração, fazendo a pessoa sofrer. Há casos de pessoas que fizeram alguma coisa muito errada em seu passado e acham que precisam sofrer muito para sua “punição”. Este é o jugo da culpa e deve ser totalmente destruído pelo sangue derramado no Calvário. Jesus já levou nossas culpas e iniqüidades todas.
A Chantagem do Inimigo: conta-se de um menino pequeno que tinha uma irmã mais velha que não gostava de ajudar nas tarefas de casa. Estavam passando suas férias na fazenda de sua avó. A vovó percebia a índole da neta e distribuía pequenos serviços para os netinhos diariamente. Em certo dia, o pequeno estava correndo atrás do ganso predileto da vovó e esse, ao fugir, ficou agarrado na cerca de arame, debatendo-se até morrer. A menina viu a “arte” do irmão, ajudou-o a enterrar o ganso, e disse-lhe: “Agora você vai fazer todas as tarefas que a vovó me mandar, senão eu conto o que você fez para ela, sim?”
O garoto não tinha alternativa senão ficar debaixo daquele jugo. Até que um dia, ele, não agüentando mais, resolveu contar tudo para a avó e pedir-lhe perdão. Ela então lhe falou: “Filho, eu sei de tudo. Eu estava na janela, quando você correu atrás do ganso e depois o enterrou junto com sua irmã”. E beijou o netinho, perdoando-o. Quando, novamente a irmã veio ordenando que ele a obedecesse, ele disse: “Não vou fazer a sua vontade, não! Vovó já sabe de tudo, e ela me perdoou”.
Esta pequena história ilustra a chantagem que o inimigo faz com as pessoas que não sabem da graça que emana da cruz, do perdão total que Cristo oferece. Em Provérbios está escrito: “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pr 28:13).
João nos afirma em sua Primeira Carta: “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1:9). Somente o sangue de Jesus pode remover o registro dos nossos pecados diante de Deus e de nossa consciência.
Como lidar com os pecados ocultos:
1. Peça perdão a quem você ofendeu (qualquer tipo de pecado) e perdoe a quem te ofendeu (Mt 6:14-15).
2. Restitua o que foi roubado: se não puder restituí-lo por algum motivo (morte da pessoa ou outro impedimento) então traga como oferta ao Senhor, conforme a orientação em Nm 5:7-8.
3. Em caso de pecado contra seu cônjuge, peça a Deus sabedoria, fale com um pastor, para que isso não traga dúvidas e quebra no relacionamento conjugal. O pecado confessado a Deus é perdoado. Nem todos os cônjuges estão suficientemente maduros para perdoar.
4. Não mantenha “segredos” em sua vida. Deixe o seu passado limpo diante do Senhor, isto é, perdoado pelo sangue de Jesus. Às vezes a pessoa guarda segredo porque tem medo da rejeição ou da perda de amizades e então se isolam. O peso dos “pecados ocultos” tira a coragem de viver, pode levar à depressão e uma vida subordinada à chantagem da culpa. Os pecados ocultos sempre deixam a pessoa em dívida com os outros…
5. Leia o Salmo 51. Quando Davi confessou o seu pecado, recebeu o perdão do Senhor e pode novamente cantar e louvar ao seu Deus. Veja nesse salmo o que Davi sentia como conseqüência de guardar o pecado e mantê-lo em secreto. Comente sobre esse salmo com os irmãos da célula e orem juntos por “limpeza de coração”.
6. Leia os seguintes textos sobre o pecado e o perdão: I Jo 1:5-9; I Jo 3: 5-6; Mt 18: 23-35; Jo 8:1-11, Sl 51; Sl 32.

Semear a Boa Semente

Texto-Base: “Ouvi: Eis que o semeador saiu a semear”. Mc 4:3

Todos Semeiam
As grandes matas formadas pelos pinheiros do Paraná, com suas copas semelhantes a grandes cálices, foram plantadas primordialmente pela gralha azul. Este pássaro colhe os pinhões e os conduz para o seu ninho para se alimentar deles. Mas, em sua trajetória até o ninho, a gralha azul deixa cair pinhões das alturas à terra. E estes pinhões que caem são, por ela, “semeados” na superfície do solo que sobrevoou e vêm a brotar. Assim, a contribuição da gralha azul para o renovo da natureza acontece com o seu simples hábito alimentar.
Da mesma maneira, todos nós também estamos sempre plantando alguma semente em nossa trajetória nessa vida. O que semeamos irá depender de nossos “hábitos” diários de alimentação e de vida. Mas, sempre semeamos.
O pai preguiçoso ou mentiroso semeia no coração dos filhos o seu mau exemplo. A mãe irritada ou impaciente também deixa frutos ruins para os que convivem com ela. E o Senhor nos adverte, em sua Palavra: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7).
Precisamos verificar o que estamos deixando atrás de nós para as gerações futuras. Vejamos alguns pontos importantes sobre o que semeamos e como devemos semear:

Cada semente irá produzir de acordo com sua espécie
Se eu quero colher laranja, preciso plantar sementes de laranja. E a própria qualidade das laranjas, se doces ou azedas, irá depender das minhas sementes. Se eu quero receber: amor, carinho e/ou respeito, então, preciso plantar essas sementes nos corações das pessoas com as quais convivo.
O princípio da semeadura foi estabelecido por Deus no ato da criação. Cada semente produziria de acordo com sua espécie (Gn 1:11). Igualmente importante é o fato de que a colheita é sempre mais farta do que a semeadura. Por exemplo, quando se grita para o “eco”: “eu te amo”, o que iremos ouvir de volta é: “eu te amo”, “eu te amo”, “eu te amo”… No entanto, se gritarmos: “você é feio”, iremos ouvir de volta: “você é feio”, “você é feio”, “você é feio”… É preciso pensar no que se fala. Nossa palavra deve ser sempre “agradável, temperada com sal, para sabermos como responder a cada um” (Cl 4:6).
Isto significa que eu devo provar o que irei dizer, antes de passar para os outros. Preciso passar minhas palavras por alguns “filtros”. Por exemplo, preciso refletir se o que vou falar é “verdadeiro” (se tenho a certeza do fato), se é “bom” (se irá trazer um bom fruto para a pessoa que está ouvindo), e se realmente é “necessário ser dito”. Palavras “filtradas” serão mais saudáveis e certamente serão agradáveis. Você tem semeado bênção com a sua língua, isto é, com as suas palavras? Fofocas, críticas, mau humor, fazem nódoas no coração, que precisam ser tiradas com o sangue de Jesus, após um verdadeiro arrependimento.
Em todas as Cartas de Paulo, encontramos orientações práticas para a vida cristã. Leia Cl 3:12-25 e 4:1-6. Ele sabia desse princípio magno da semeadura nos nossos relacionamentos. “O que plantamos, colhemos”.

A Bênção de Deus na nossa Colheita
Em Gn 26:12, encontramos uma grande colheita de Isaque, embora semeada em tempo de seca total. Ele colheu cem por um do que foi semeado. Isto é, uma colheita extraordinária, acima de qualquer expectativa.
O segredo de Isaque foi sua obediência a Deus. Ele obedeceu à palavra do Senhor, que lhe recomendara: “Não desças ao Egito”. E, ali, na terra seca e sem água, Isaque plantou suas sementes sob a ordem do Senhor. E prosperou. Ele se enriqueceu com suas colheitas naquele tempo de seca. Foi a bênção de Deus o seu segredo. “A bênção de Deus é que enriquece e, com ela, não traz desgosto” (Pr 10:22).
O fruto da obediência à vontade do Senhor expressa em sua Palavra é sempre de bênção. Deus garantiu ao homem que jamais mudaria esse princípio, pelo contrário, Ele prometeu, após o dilúvio que “enquanto durasse a terra, haveria [...] semeadura e colheita” (Gn 8:22).
A nós cabe plantar e regar, mas o crescimento vem do Senhor (I Co 3:6). Esse “crescimento” é a bênção de Deus. Poderia haver pessoas que olhassem para Isaque plantando a sua semente na terra seca e viessem a imitá-lo. Entretanto, o crescimento farto de sua colheita se devia à sua obediência à orientação do Senhor, e não apenas a uma estratégia humana com análises do plantio na seca.
Você tem pedido a orientação do Espírito Santo em meio às circunstâncias adversas, nos tempos de seca e aridez? O que você tem semeado na terra seca do deserto pelo qual Deus permite você passar?

A Boa Semente e o Bom Fruto
Na parábola do semeador (Mc 4:1-20), Jesus mesmo a interpretou, dizendo que a semente é a Palavra de Deus semeada nos corações (v. 14). Aqui o Senhor nos mostra o trabalho do evangelista, ou melhor, de todo crente ao cumprir a grande comissão: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). O nosso dever é semear a “boa semente”. É lançar no solo dos corações a esperança e a vida que emanam das Escrituras Sagradas. É o trabalho de distribuição de mensagens (folhetos evangelísticos). É o amor em prática e a palavra amiga, porém esclarecedora, a respeito da salvação em Jesus. É o convite para a pessoa conhecer o amor de Deus, vir à célula…
Em Is 55:10-11, encontramos a palavra que sai da boca de Deus como sendo pão para o que come e semente para o semeador (v.10). Isto significa que os ensinos das Escrituras primeiramente nos alimentam, todas as vezes que lemos e meditamos neles. Mas estes ensinos também são sementes que deverão ser semeadas nos corações à nossa volta. Sempre devemos repartir o que temos recebido de Deus. Sempre devemos compartilhar o que aprendemos. E, assim, a “palavra do Senhor não voltará vazia, mas cumprirá o seu propósito”, aleluia!
Já, na parábola do joio e do trigo (Mt 13: 24-30; 36-43), temos a semente do trigo como sendo “os filhos de Deus” (v. 37-38). Isto significa que nós mesmos é que somos plantados por Deus no ambiente em que vivemos. Nós somos a boa semente.
Como é importante lembrar que estamos sendo observados em todos os nossos comportamentos, nossas reações diante das dificuldades da vida… Deus espera os frutos de nossa vida. O mundo espera ver a glória de Deus em nós, através de sua paz, seu amor, sua bondade e as virtudes do caráter cristão sendo estampadas em nosso rosto. O que você tem semeado em seu lar? Que tipo de semente está dentro dos frutos de sua vida (amor, paciência, bondade… ou: irritação, ódio, ressentimento, mentira, orgulho…)?
Para produzir frutos doces (uvas), precisamos estar ligados à videira verdadeira (Jo 15:1-11). O agricultor (o Pai – v.1) nos limpa para que possamos produzir mais fruto ainda (v.2). Ao permanecermos na videira, recebemos a capacitação para frutificar (v.4). O segredo, então, de uma vida feliz, frutífera e abençoadora (semeadora da boa semente) é permanecer ligado a Cristo. Alimente sua fé na Palavra e compartilhe o que tem recebido de Deus. Assim sua vida será abundante e frutífera.

Desafios para a semana:
Leia os seguintes textos e medite em seus ensinos: Mt 13:31-32 (pequena semente, grande árvore), Sl 1:1-6 (vida frutífera), Ex 16:31 (maná como semente), Dt 22:9 (não semear 2 espécies diferentes de semente), Sl 126:6 (semear com lágrimas), Ec 11:6 (semear sempre).
1)Tenha “sementes da Palavra” (folhetos evangelísticos) com você diariamente e distribua a mensagem da salvação.
2)Convide pessoas para a sua célula e ore por elas.
3)Semeie o amor por onde você passar (ajude, interceda, estenda a sua mão, abra o coração e o bolso para semear boas obras).

Significado da Ceia

Texto Base: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (I Co 11:26)

A Páscoa e a instituição da ceia
Quando o povo de Israel saiu do Egito, Deus mostrou o seu poder através das 10 pragas que recaíram sobre aquela nação (Ex 7:14-12:51). Após 430 anos (Ex 12:41), dentre os quais houve 150 anos de escravidão, Deus ordenou que Moisés instituísse a “Páscoa” (Ex 12:1-20). Seria uma cerimônia simples, em família, quando comeriam pão sem fermento, carne assada do cordeiro da Páscoa (cujos ossos não poderiam ser quebrados) e ervas amargas, como lembrança do tempo da escravidão, no Egito. Eles deveriam comer prontos para viagem, com a mudança embalada para saírem da terra da escravidão.
Todo o simbolismo da Páscoa se traduz na “nova aliança em Cristo”. Jesus é o “cordeiro pascal” (I Co 5:7-8), como também é o pão sem fermento (sem impurezas ou pecado). Através de seu sangue derramado no Calvário, Ele nos redime da escravidão do pecado e nos conduz à “terra prometida”, simbolizando a nova vida, guiada pelo Espírito Santo.
A Bílbia diz: “Chegou, porém, o dia dos ázimos, em que importava sacrificar a páscoa” (Lc 22:7). “E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça” (Lc 22:14). “E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22:19-20).

Os Elementos da Ceia
Jesus instituiu a ceia como um “memorial” para que os seus seguidores se lembrassem de sua morte na cruz em nosso favor e de seu retorno à terra para implantar o seu reino glorioso entre nós (I Co 11:23-26). Num cerimonial muito simples, foram usados o pão e o vinho.
O pão simboliza a morte vicária (ou substitutiva) do Senhor, pagando o alto preço da nossa redenção. O pão é feito de trigo e água, que, misturados, tornam-se uma massa que, por sua vez, é levada ao fogo para assar. O trigo, na parábola do joio (Mt 13:24-30; 36-43) representa os filhos de Deus; no caso da ceia, simboliza Jesus, o Filho de Deus. A água é a “Palavra de Deus” (Jo 15:3) e também representa o Espírito Santo (Jo 7:38-39).
Jesus falou aos discípulos, quando vieram para buscá-lo a apresentá-lo aos gregos: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12:24).
Portanto, a ceia nos fala da morte de Jesus e também nos lembra que, como seus discípulos (seguidores) também temos de “tomar a nossa cruz cada dia” (Mt 16:24, Lc 9:23; 14:27). Ser cristão não é apenas viver por Cristo, mas estar pronto a morrer por Ele. Isto é uma realidade entre os nossos irmãos nos países onde há perseguição, entre os novos-convertidos que vieram do Islamismo, por exemplo. Entre os nossos irmãos na China Comunista. Muitos são presos, maltratados, torturados e até mesmo, mortos, por causa da Palavra de Deus e do seu testemunho.
E o vinho simboliza a vitória do Senhor e o seu retorno à terra para reinar. O pão passou pelo fogo, mas o vinho surge da fermentação do suco extraído das uvas esmagadas. Ou seja, da morte vem a vida. O vinho é a ressurreição, a esperança do cristão.
Na história de José do Egito, ele interpretou os sonhos do padeiro-mor e do copeiro-mor (Gn 40:9-23). A interpretação que Deus lhe dera se cumpriu fielmente. O sonho do padeiro dizia que ele seria morto e o do copeiro, que ele seria restaurado à sua antiga função ao lado do rei.
Portanto, ao tomarmos o vinho, na celebração da ceia, estamos anunciando a ressurreição de Jesus e a sua volta gloriosa como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, aleluia! Nós também ressuscitaremos gloriosamente para reinar com Ele (I Jo 3:1-3). Esta é a fé cristã e a esperança dos salvos (I Co 15:12-54).

Discernir o Corpo de Cristo na Ceia
Quando o Senhor Jesus instituiu a ceia, Ele deu graças e partiu o pão, dizendo que era o seu corpo. Paulo explica que a igreja é o corpo de Cristo e que devemos nos examinar (introspecção) e então comer o pão na ceia.
É necessário que cada crente reconheça o seu irmão como sendo parte integrante do corpo de Cristo. A ceia nos fala de comunhão. De família de Deus. De perdão e reconciliação. De caminhar junto. De falar a mesma linguagem. De amor e união.
Paulo fala, respondendo às dúvidas dos irmãos de Corinto, que havia muitos enfermos entre o povo de Deus por esta causa: não discernir o “corpo de Cristo”. “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”, foi o mandamento áureo de Jesus. O mundo deve nos conhecer como sendo um povo que ama de verdade. Você tem vivido assim? Tem provado o “morrer todo dia por amor a Cristo”, isto é, deixando de fazer a sua própria vontade e fazendo a vontade de Deus? Você tem reconhecido e amado ao seu irmão? Será que tem algum impedimento entre você e algum irmão? Que tal o perdão e a reconciliação, para então comer do pão e beber do cálice?

Desafios para a semana:
Leia os seguintes textos e reflita sobre a vida cristã:
Jo 13:14; 13:34-35; 15:12, 17; Rm 12:9-21; 13:8; 14:13; 15:17; II Co 13:12; Ef 4:2, 32; 5:21; Cl 3:9; 3:13, 16; I Ts 5:1; Hb 10:24.
1. Ao ler estes textos, veja se realmente você tem praticado esses mandamentos. Enumere os verbos desses textos acima e medite no que é preciso fazer uns aos outros.
2. Procure demonstrar amor aos irmãos (peça ao Senhor que lhe mostre pessoas que estejam passando por provas e demonstre amor: visite, leve um presente, fale do amor de Deus).
3. Reconcilie com seu irmão e peça-lhe perdão, se necessário. Ande com a consciência em paz. Acerte o que precisar e ore por seus irmãos, especialmente por aqueles que Deus colocar em seu coração.

Liderança no Reino

Texto Base: “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12:8).

Deus criou o ser humano e o capacitou para cuidar da sua criação. Ele deu ao homem o domínio sobre a natureza (Gn 1:28). E também lhe deu a ordem para se multiplicar e encher a terra com seus descendentes. Os filhos e os filhos dos filhos de Adão e Eva seriam capazes de cumprir o propósito para o qual foram criados. Nem todos fariam as mesmas coisas. Abel foi pastor de ovelhas, ao passo que Caim foi agricultor.
Todos nós somos capacitados com diferentes dons e talentos especiais para o desempenho de nossa missão como pessoas. Quando somos salvos e começamos a fazer parte do Reino de Deus, percebemos que temos também uma missão a cumprir. Temos uma carreira a percorrer (II Tm 4:7, Fp 3:14, Hb 12:1, Ap 2:10).

Liderança no Reino de Deus
Jesus nos mostra a sua absoluta liderança na igreja. Ele diz: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.” (Mt 23:8-9).
Todos são importantes no Reino de Deus. Todos nós somos iguais no Reino de Deus: somos “o seu povo, o rebanho do seu pastoreio” (Sl 100:3). Isto significa que somos “ovelhas” e que o nosso supremo pastor é Jesus Cristo. No rebanho existem as “ovelhas-guia”, elas são obedientes ao Pastor e levam no pescoço um “sininho” que vai soando à medida que elas caminham. As outras ovelhas vão seguindo a ovelha-guia, que, por sua vez, está seguindo o Pastor (I Co 4:16, 11:1, Ef 5:1, I Ts 1:6, Hb 6:12).
Deus mesmo é quem põe esse “sininho” no pescoço de certas ovelhas para que sejam “ovelhas-guia”, mostrando às outras companheiras a presença e orientação do Pastor. Esta escolha do Senhor traz grandes responsabilidades, pois são “vidas” que estão em cena (Tg 3:1). Ele escolhe uns para serem líderes (ovelhas-guia) segundo a sua vontade (Ef 4:11).

O Espírito Santo e o dom da liderança
É o Espírito Santo o doador dos dons espirituais. Ele nos capacita com diferentes dons para o exercício de nossa função no Corpo de Cristo, a Igreja (I Co 12:4-27; Ef 4:1-16). E Ele os distribui, segundo lhe apraz. Pois sabemos que cada dom é exercido para um fim proveitoso: para o crescimento equilibrado da Igreja, ou para o aperfeiçoamento do Corpo de Cristo (Ef 4:1-16, v. 15).
Entre os dons espirituais encontramos o de “liderança”. Veja o que Paulo nos ensina sobre os dons na sua lista da Carta aos Romanos (Rm 12:1-8):
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12:4-8).

A responsabilidade dos líderes
A recomendação do apóstolo Paulo é que o líder seja diligente no que faz. Que seja cuidadoso em exercer o seu dom. Que faça o melhor que puder (com capricho e zelo), pois as ovelhas são do Senhor (At 20:28), foram compradas pelo precioso sangue de Jesus.
É preciso que o líder esteja “afinado com a vontade de Deus” para conduzir da maneira correta o rebanho (Tt 1:5-11). As mulheres também podem exercer liderança e ensinar às mais jovens (Tt 2:3-6). Paulo exorta Tito para que ele seja modelo para os jovens (Tt 2:7-8), e fala como os servos, ou os “escravos cristãos”, deveriam se comportar diante de seus senhores (Tt 2:9-14).
A liderança não envolve somente pastores, mas também os líderes de células, ou qualquer liderança na igreja do Senhor. Na família, por exemplo, os pais devem ser “modelos” para os filhos. Eles têm esse “sininho” em seu pescoço para mostrar o caminho para os seus filhos. No seu caminhar, estarão dando as coordenadas para seus filhos e sua descendência… Como é sério pensar nessa responsabilidade! Como você, querido irmão, tem exercido o seu ministério como “pai”? Como “ovelha-guia” de seus filhos?
O líder não pode errar, pois isto seria fatal para as ovelhas que o seguem. Por isso Jesus falou acerca dos escândalos: “E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem” (Lc 17:1)!

Liderança e humildade
Jesus é o nosso modelo de vida (Hb 12:2). Ele cumpriu fielmente sua missão glorificando o Pai na terra (Jo 17:4). Ele não buscou a própria glória, mas exaltou o Pai e fez a sua vontade (Jo 4:34).
Ele nos ensinou a tomar sobre nós o seu jugo e aprender com Ele a mansidão e a humildade (Mt 11:28-30). Aprender a liderar sabiamente é aprender a depender do Senhor e a confiar em sua direção para nossas vidas. Isto é aprender a humildade.
O verdadeiro líder sabe que depende totalmente do Senhor. Como ovelha-guia do seu rebanho, o líder precisa discernir a voz de Jesus. Conhecê-la bem e obedecer sempre (Jo10:4). Esta obediência faz da humildade a mais importante virtude do crente. E somente através do exercício da humildade é que se pode encontrar o verdadeiro “descanso” para a alma (Mt 11:29).
Jesus lavou os pés dos discípulos na noite em que foi traído. Eram as suas últimas horas de comunhão com eles antes da cruz… Ele usou estes momentos finais para mostrar-lhes a sua grande tarefa: servir uns aos outros com amor e humildade (Jo 13:3-17). Esse momento descrito por João nos informa que: “Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.” (Jo 13:3-4).
João nos mostra que Jesus tinha consciência que o Pai tinha colocado “todas as coisas em suas mãos”. Ele era o líder. Ele havia recebido do Pai tudo. Jesus poderia dizer que desejava ser servido. Que os discípulos deveriam lavar os seus pés, pois Ele era o Senhor deles e de todas as coisas. Entretanto Jesus mostrou que o maior é o que mais serve… Ele se cingiu com uma toalha e, como um “serviçal” ou um “simples escravo”, Ele lavou os pés sujos dos discípulos… Que tremendo exemplo de humildade! Que lição tremenda para tantos que almejam os primeiros lugares, mas não sabem servir… (Mc 10:35-45).

Para refletir:
Sobre seu chamado: Se você foi chamado para liderar uma célula, o que está esperando? Comece a se preparar para esta tão maravilhosa tarefa.
Se você já é um líder de célula, faça sua tarefa com esmero e diligência. O Senhor está avaliando a sua fidelidade, não se esqueça. E Ele não fica como devedor de ninguém, pelo contrário, reserva o seu galardão consigo para os fiéis.
Sobre a liderança no lar: Lembre-se que você deve ser modelo para os seus filhos. Para onde você os está conduzindo? Você tem glorificado o Senhor Jesus em seu lar?
Desafios para a semana: ore pelo líder de sua célula e pelos irmãos que lideram na igreja do Senhor. Ore pelos pastores da igreja e manifeste seu amor por eles.

Frutificai e Multiplicai-vos

Texto Base: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a…” (Gn 1:28)

A Criação do homem
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1:26-27). Ele o fez puro, inocente, perfeito, sábio e belo em todos os aspectos, dando-lhe a capacidade de escolha (Gn 2:16-17). Entretanto Deus não fez o homem para ficar só. Ele mesmo lhe deu uma esposa que lhe fosse companheira, amiga, com quem Adão pudesse compartilhar seus sonhos, sentimentos e anseios (Gn 2:18, 21-24).
E, ainda no jardim do Éden, Deus deu a Adão e Eva a ordem para frutificarem e se multiplicarem, para perpetuação da raça humana e completude do propósito divino (Gn 1:28). Eles deveriam ter filhos e haveriam de se alegrar no cumprimento da ordem do Senhor.
Sabemos que um lar torna-se mais alegre com a chegada dos filhos (Sl 127:3-5). As crianças trazem “vida” para a família e enchem a casa de algo muito especial (Sl 128:3). As crianças querem aprender (Dt 6:7). Elas são curiosas e fazem muitas perguntas. Elas estão sempre em movimento e quase não param (exceto quando dormem)… Parece que a casa cheia de crianças não fica arrumada. Os pais se cansam e desejam que elas cresçam logo para conseguirem fazer suas coisas sozinhas. E elas crescem e também irão ter o seu próprio lar, os próprios filhos e o ciclo da vida se completa (Sl 128:6).

A Igreja e os novos convertidos
Na igreja, a dinâmica da vida espiritual é a mesma da família. Paulo disse que somos família de Deus (Ef 2:19). Geramos filhos espirituais (Gl 4:19), e estes são semelhantes às nossas crianças. Precisam de atenção, de cuidado, de ensino, de carinho, de apoio, de respostas às suas inúmeras perguntas, de oração, de alimento espiritual (I Pe 2:2).
O apóstolo Paulo afirma que a igreja, ou “a Jerusalém que desce do alto”, é a nossa mãe (Gl 4:26). Os católicos dizem que Maria é a nossa mãe, mas a Bíblia não diz isso. A Bíblia diz que a igreja é que faz o papel de mãe para o povo de Deus. Isto significa que o cuidado com os filhos pequenos, o preparo do alimento espiritual (I Co 3:2), os cuidados necessários de higiene e disciplina (Hb 12:8), o Senhor deixou por conta da igreja (um papel maternal).
Sabemos que a criança precisa dos pais para uma boa educação (Pr 10:1). Uma criança educada e obediente traz elogios para seus pais (Pr 17:6), principalmente para sua mãe (Pr 29:15). Portanto o projeto de Deus para a igreja é que ela possa gerar filhos saudáveis, que amadureçam no temor do Senhor, que pratiquem sua Palavra e cumpram a sua boa vontade.

A ordem do Senhor
O Senhor ordenou ao primeiro casal que eles se multiplicassem e enchessem a terra com seus descendentes. Essa ordem é a mesma para a igreja. Jesus deu a seguinte ordem aos seus seguidores: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28:19-20).
Cada crente recebe do Senhor a mesma incumbência: fazer discípulos. Na linguagem da família, isto significa “gerar filhos espirituais”. Os filhos são o fruto do amor do casal, no plano físico perfeito de Deus. No sentido espiritual, os filhos espirituais são o resultado do amor de Deus derramado em nossos corações (Rm 5:5). A família cresce através do nosso amor ao Pai. Esse amor nos leva a pregar a Palavra, a amar as pessoas e levá-las ao coração de Deus.
Você já teve a experiência de ganhar alguém para o reino de Deus? Já sabe o que é gerar um “filho espiritual, ou seja, levar uma pessoa a Cristo”? Compartilhe com os irmãos na célula como foi a sua experiência.
Quando o Senhor Jesus chamou Pedro para segui-lo, Ele lhe disse que faria dele um “pescador de homens” (Mc 1:16-17). E realmente Pedro foi um grande pescador de homens (At 2:14-41). Mas esta tarefa não é apenas de algumas pessoas capacitadas e chamadas por Deus. Esta é uma tarefa de todos. Foi dada a toda a igreja. É nossa! É sua!

A Igreja e os frutos
Jesus comparou a igreja (seus discípulos) com uma videira (Jo 15:1). Ele disse:“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, ele a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo 15:1-2).
A nossa vida está ligada a Cristo. É Dele que sai todo o suprimento para nos manter vivos e frutíferos. Fomos feitos para frutificar (Jo 15:16). Para multiplicar. Não podemos ficar inativos, infrutíferos, (Tt 3:14) pois, nesse caso, o agricultor terá de cortar os galhos que não cumprem o seu propósito (Jo 15:6).
Todo aquele que encontrou a água viva, assim como a mulher samaritana, vai imediatamente levar a boa notícia que tem água viva para todos (Jo 4:28-30). O suprimento de Deus nos torna em fontes a jorrar para a vida eterna (Jo 4:14), aleluia! Portanto, meu irmão, não fique parado, mas vá falar do amor de Cristo aos seus vizinhos, familiares, amigos e conhecidos. Corra para anunciar que o perdão de Deus está à disposição daquele que o buscar. Mostre o caminho da “fonte” para o que está perecendo no deserto da vida. Mostre a verdade para o que está em trevas, deixe a sua luz brilhar. Seja modelo para os seus parentes, para os seus vizinhos.
Lembre-se que a semeadura da Palavra está em nossas mãos (Mc 4:3), mas os resultados pertencem ao Senhor. É o Espírito Santo quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Nós colocamos em prática a sua ordem, a grande “comissão” (Mt 28:19-20), Ele vivifica a Palavra anunciada e faz a semente brotar nos corações (I Co 3:6).
Que, naquele glorioso dia que nos aguarda ( I Co 3:13-14), você possa estar com suas mãos cheias de precioso fruto para a glória de Deus: vidas salvas através de seu testemunho e da pregação da Palavra.

Desafios
Peça a Deus a bênção de evangelizar uma pessoa nessa semana.
Ore por seus familiares e, nessa semana, leve a eles um presente da Palavra de Deus (ou uma Bíblia, um folheto, um livro, um CD, ou outro presente que o Senhor lhe orientar)
Se você já tem mais anos de experiência com Cristo, procure ajudar algum novo convertido na sua jornada. Pegue a ficha com o líder de sua célula, ore por esse irmão, visite-o, leve-o à sua célula e caminhe com ele nos primeiros passos da fé.
Peça ao Senhor a graça de semear a Palavra viva nos corações e de ver o fruto espiritual da salvação nas pessoas com quem você convive.

A Bênção de “hospedar” a arca do Senhor

Texto-Base: “Por isso Davi não trouxe a arca a si, à cidade de Davi; porém a fez levar à casa de Obede-Edom, o giteu. Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom, três meses em sua casa; e o Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tinha”. (I Cr 13:13-14)

A Arca e a casa de Obede-Edom

Encontramos um homem chamado Obede-Edom, que era levita, cuja descendência serviu ao Senhor fazendo parte dos cantores dos turnos de adoração 24 horas diante da arca da aliança (I Cr 15:21, 25; 16:5), na época do rei Davi. Ele recebeu uma bênção muito especial quando o rei estava levando a arca para Jerusalém. Vejamos como isto aconteceu (II Sm 6:1-23; I Cr 13).
Davi recebera a coroa para reinar sobre toda a nação unificada, tendo estabelecido a capital do país em Jerusalém. Isto foi após seu reinado de sete anos em Hebrom, ao sul de Israel. Davi queria a arca do Senhor perto de si. A presença do Senhor lhe trazia segurança e alegria. Davi se inspirava para a adoração com sua harpa, e entoava belíssimos cânticos de louvor ao Todo-Poderoso…

Davi queria a presença do Senhor bem junto a si… Ele desejava e amava a comunhão do seu Espírito Santo… Então, ele reuniu os principais líderes da nação, os representantes do povo, os do exército e os representantes dos levitas. E foram todos juntos para trazer a arca da aliança para bem perto do trono de Israel, pois esta estivera “esquecida” na casa de Abinadabe pelo longo período de vinte anos.

Davi levantara uma tenda para a arca repousar sob sua sombra em Jerusalém. E estava planejando o louvor e a adoração 24 horas diante da presença do Senhor… Entretanto toda essa alegria transformou-se em frustração e grande tristeza. Nessa primeira tentativa de trazer a arca, Davi não buscou saber a vontade de Deus nas Escrituras, para conduzir a arca da maneira correta, isto é, nos ombros dos sacerdotes. Mas ele havia planejado traze-la da mesma forma que os filisteus fizeram: sobre um carro novo de bois… Os bois tropeçaram no caminho e Uzá, um jovem levita tentou segurar a arca para não cair, e então, ele foi fulminado nesse exato momento pelo Senhor.
Um grande temor se apoderou de todos os “romeiros” daquela “procissão solene”. Deus exigia que sua palavra fosse cumprida: não seriam os bois que conduziriam a arca… E, nesse temor, a arca fora deixada na casa de Obede-Edom.

A bênção de “hospedar” a arca do Senhor
Passaram-se três meses e chegou uma boa notícia aos ouvidos de Davi: “Abençoou o Senhor a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tem, por causa da arca de Deus…” (II Sm 6:12). É muito interessante que a arca tenha ficado na casa de Abinadabe e nada de extraordinário acontecera em vinte anos. Provavelmente Abinadabe apenas “tolerava” a presença da arca em sua casa… Mas na casa de Obede-Edom a bênção chegara de maneira muito visível em apenas três meses…
Podemos comparar Obede-Edom com os anfitriões de células. Eles abrem suas casas para receber a “arca da aliança”, ou seja, a presença do Senhor, que está na vida de seus irmãos em Cristo. O entendimento desse maravilhoso privilégio é importantíssimo. O Senhor Jesus nos afirma que: “Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão” (Mc 9:41). Vamos perceber que Obede-Edom foi abençoado porque:
1. Ele se dispôs a receber a arca mesmo correndo riscos: Davi havia dito: “Como trarei a mim a arca de Deus”? Havia muita desculpa para não receber a arca do Senhor. Alguns poderiam alegar: E se um filho pequeno tocasse na arca? Ou se algum parente “sonâmbulo” esbarrasse nela?… Assim também para ser um anfitrião de células e receber irmãos em sua casa semanalmente faz-se necessário aceitar o desafio e olhar para o galardão (para as bênçãos decorrentes desse ministério precioso)… (analise, pois, com seus irmãos, as dificuldades para se abrir a casa para uma célula)

2. Obede-Edom pagou o preço exigido para ter a arca em sua casa: (Mt 10:41) Quem está disposto a pagar o preço da bênção irá experimentar a alegria de servir ao Senhor no momento certo, da maneira certa. A bênção decorrente de disponibilizar sua casa para a glória de Deus trouxe o nome de Obede-Edom até os nossos dias. Quem sabe em sua casa, querido anfitrião, haverá pessoas que conhecerão a Cristo e serão, nas mãos do Senhor, semeadores da Palavra, conhecidos no mundo inteiro? Vale a pena oferecer ao Senhor o nosso melhor, pois Ele nos deu o seu “melhor” (Jesus Cristo, o seu Filho amado). E, na verdade, todas as coisas lhe pertencem… Ele apenas nos dá o privilégio de servi-lo (Rm 16:4-5; I Co 16:19; Cl 4:15).

3. Obede-Edom estava capacitado para abrir a sua casa para receber a arca: Ele era um levita, por isso poderia tocar na arca, conduzi-la e ministrar ao Senhor diante dela. Cada crente é um sacerdote do Senhor (I Pe 2:9) e está apto para conduzir a arca e recebê-la em sua casa… Esse ministério maravilhoso de “ter a igreja em sua casa” requer amabilidade, cortesia, hospitalidade, receptividade, e um sorriso sempre aberto, que jamais será em vão (Hb 6:10)…

4. Obede-Edom era submisso ao seu rei: Ele não estava procurando fazer a sua vontade, mas agradava-lhe servir ao seu rei Davi, e principalmente ao supremo “Rei de Israel”, o Senhor Deus. O Espírito Santo move os nossos corações para abrirmos a nossa casa para receber a “arca do Senhor”, isto é, nossos irmãos em Cristo – para termos uma célula em nosso lar. A obediência de Obede-Edom foi recompensada, assim como a promessa do Senhor a todos os que estão servindo ao Senhor e aos irmãos (Mt 10:41; Jo 4:36; I Co 3:8; Cl 3:24; Ap 22:12).

5. Bênçãos decorrentes da hospitalidade: A Bíblia nos afirma que houve pessoas que, sem o saber, hospedaram “anjos” (Hb 13:2). O profeta Eliseu recompensou com um filho a mulher que preparou para ele hospedagem em sua casa (II Re 4:8-15). Todas as bênçãos decorrentes da obediência (Dt 28: 1-13) alcançam os anfitriões das células, que seguem as regras da hospitalidade para a glória do Senhor (Rm 12:13; I Pe 4:9).

O Exercício da Fé

Texto-Base: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,

e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1).

Problemas e manifestações do poder de Deus.

Deus dera sua ordem a Moisés para tirar o seu povo do Egito.

Ele deveria ir ao Faraó e pedir-lhe que deixasse Israel ir pelo caminho do deserto para adorá-lO, para celebrar “festa ao Senhor” (Ex 3:18;5:3).

É claro que essa festa iria durar toda a vida do povo de Israel.

Que nunca mais voltariam ao Egito. Que partiriam para uma nova vida e não mais seriam escravos.

Entretanto, quando Moisés foi ao Faraó, as coisas pioraram muito. A palha, que era fornecida ao povo para fazer os tijolos para o Egito, foi tirada e foi exigida a mesma produção de antes.

Os capatazes de Israel foram açoitados, e eles foram reclamar com Moisés (Ex

5:1-23).

Em nossa vida natural, estamos sujeitos às mesmas pressões que Moisés. Muitas vezes as coisas parecem piorar, mesmo depois do nosso encontro com Deus. A empresa ou o emprego, a família, os relacionamentos, tudo parece ruir diante de nossos olhos. O que fazer?

Como agir?

Devemos olhar para o exemplo do próprio Moisés: ele permaneceu firme na direção que Deus lhe mostrava (Ex 5:22).

A cada passo para a liberdade do povo, havia obstáculos gigantescos a ultrapassar… As dez

pragas foram enviadas ao Egito. Houve a celebração da Páscoa, com todos preparados para viagem. E saíram com grandes riquezas para celebrarem ao Senhor no deserto (Ex12:33-36).

E novos desafios os aguardavam no deserto… O Mar Vermelho se abriu (Ex 14). Da Rocha de Horebe jorrou água para dessedentar o povo.

As águas de Mara se tornaram doces. Deus enviou o maná dos céus, para manter a saúde e de seu povo. A nuvem da presença do Senhor fazia sombra durante o dia e tornava-se um clarão de fogo à noite, para aquecer e iluminar Israel.

A Palavra do Senhor nos declara: “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti. O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no Senhor a misericórdia o cercará” (Sl 32:8-10).

Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13)

Toda a Escritura está recheada de histórias magníficas com a atuação do poder de Deus em favor dos que o buscam e Nele confiam. Nas guerras, encontramos Israel prevalecendo quando obedecia ao comando do Senhor. Na conquista de Jericó, Deus deu a estratégia fantástica para a vitória. Na luta contra os filisteus, Davi lutou com o gigante Golias usando o nome majestoso do Senhor. O rei Josafá teve uma brilhante vitória através apenas do louvor.

O apóstolo Paulo fala aos filipenses sobre as suas dificuldades em várias áreas, principalmente financeiras, e como ele resolvia essas questões. Ele ensinava com sua própria experiência: “já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4:11-13).

O segredo da vida vitoriosa de Paulo estava em sua total dependência de Deus e como ele confiava na direção do Espírito Santo em sua vida. Muitas vezes, podemos pensar que a vida vitoriosa é a da fartura e do acúmulo de bens materiais. Mas isto não é verdade! Paulo nos fala nesse texto que ele aprendeu a viver contente em toda e qualquer circunstância, tanto de fartura como de escassez.

A Fé em prática na vida cristã.Há um capítulo inteiro dedicado à fé, nas Escrituras. Ë Hebreus 11.

Ali temos a “galeria dos heróis da fé”. Homens e mulheres que não tiveram a sua vida por preciosa para si, mas que buscaram fazer a vontade de Deus e encontraram a verdadeira alegria na obediência ao Senhor.

Viveram momentos de incertezas, como Abraão, quando lhe foi pedido que sacrificasse o filho único, Isaque (Gn 22:16). Ele poderia questionar e duvidar do amor de Deus, mas preferiu confiar no Senhor, e isto lhe trouxe o nome de “pai da fé”.

Quando Davi teve de se fingir de “doido” para escapar do rei dos filisteus, pois ele estava na cidade de seus inimigos (I Sm 21:13-15)… E, ao se ver livre de Abimeleque, rei dos filisteus, Davi entoou o lindo cântico do Salmo 34. Como você se sentiria no lugar de Davi? O que faria depois do livramento de Deus? Entoaria tão lindo cântico?

A galeria dos heróis da fé inclui os três amigos de Daniel que foram lançados na fornalha de Nabucodonosor. Os guardas, que os conduziam ao martírio, morreram na entrada da fornalha, mas os três foram milagrosamente salvos. O quarto homem, “semelhante ao Filho dos deuses” estava com eles na fornalha. Era o próprio Jesus. E Ele nos promete estar sempre conosco, ao nosso lado, aleluia! Mesmo que sejamos lançados injustamente nas fornalhas da vida… Se o Senhor não nos livrar da fornalha dos inimigos, Ele certamente estará conosco na fornalha, aleluia!

A fé para crer no milagre de Deus (Mc 11:22-25)

No episódio da figueira que Jesus amaldiçoou, encontramos suas palavras de ânimo e de encorajamento ao uso da fé em nossas orações.

Ele disse a Pedro: “Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que

pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis” (Mc 11:22-24).

Precisamos exercitar a nossa fé. Precisamos crer e orar pedindo ao Senhor os seus milagres, quando necessitamos deles. Entretanto, o maior milagre que Deus quer operar é a transformação do nosso coração à semelhança do caráter de Cristo.

Cura das enfermidades, libertação, e bênçãos materiais, como também a solução para problemas difíceis e a abertura de portas para os seus filhos, tudo isto faz parte da existência humana e entra na lista das coisas que constituem a “nossa leve e momentânea tribulação, que produz eterno peso de glória” (II Co 4:17).

O mais importante não é apenas o uso da fé para ficar livre dos problemas, mas a fé para atravessar os vales da sombra e da morte. Para subir às alturas da comunhão com Deus, apesar dos obstáculos e limitações.

No contexto da figueira, Jesus ensinou que a oração da fé para ser ouvida e atendida por Deus tem alguns requisitos: “E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas” (Mc 11:25-26).

Reflexões sobre a fé:

Você tem experiências de fé para compartilhar com os irmãos da célula? …………………………………………………………..
Qual o maior milagre que Deus já operou em sua vida?

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Como aplicar a definição de fé no nosso dia a dia? (Hb11:1)…………………………………………………………………

Você acha que podemos tirar a expressão de Paulo: “tudo posso naquele que me fortalece”, do contexto em que se encontra na Carta aos Filipenses (Fp 4:11-13)?

Em Busca Da Dracma Perdida

Texto-base: “E, quando a encontra, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, achei a dracma perdida” Lc 15:9.

No meio da multidão que procurava Jesus, estavam publicanos (cobradores de impostos) e pecadores. Os fariseus e os escribas murmuravam contra o Mestre, dizendo: “Este recebe pecadores e come com eles” (Lc 15:2). E Lucas registra, nesse contexto, as três parábolas maravilhosas contadas por Jesus (Lc 15): a da dracma perdida, da ovelha perdida e a do filho pródigo.
O Senhor Jesus nos mostra a diligência e o amor do Pai para buscar a ovelha perdida como o “bom pastor”. Seu amor grandioso esperando o retorno do filho rebelde que se distancia do Pai e que perdeu, no pecado, todos os bens que recebera. E retrata o cuidado diligente da mulher que procurou a sua dracma perdida em sua casa.
O Senhor não quer que ninguém pereça, mas que todos sejam salvos.

O valor da dracma
“Qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a busca com diligência até achá-la? E quando a encontra, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, achei a dracma perdida” (Lc 15:8-9).
Esta parábola nos mostra a moeda que se perdeu dentro de casa, talvez tivesse caído de maneira imperceptível. A dracma era uma moeda grega, de prata, cujo valor era semelhante ao do pagamento de uma diária do trabalhador nos dias do NT.

As mulheres casadas, daquela época, usavam na cabeça um enfeite especial: um tipo de girlanda ou grinalda feita de moedas valiosas. Essas girlandas de moedas representavam o dote da noiva e eram colocadas no dia do seu casamento. Tanto ao representar as suas economias (por causa do seu valor) como, por ser o seu dote de casamento, essas moedas tinham um valor também sentimental.

Perder uma dessas moedas era vergonhoso e inconcebível. A mulher da parábola acende a candeia, varre a casa e a procura com diligência até encontrá-la. E então se alegra com as amigas, que sabem o valor de cada dracma…

Buscando a “dracma perdida”
Esta parábola de Jesus nos fala sobre o cuidado do Senhor em buscar os perdidos. São pessoas que estiveram conosco um dia e hoje já não estão mais. São pessoas que se esfriaram ou se desviaram da fé. Ovelhas que estão perdidas por se encontrarem longe do supremo pastor.
Essa tarefa de resgate e procura diligente foi entregue à igreja pelo Senhor. Devemos resgatá-las e trazê-las de volta à comunhão dos salvos, assim como a mulher das dracmas fez.
Ela acendeu a sua lâmpada para procurar, pois as casas mais simples daquela época possuíam poucas janelas, que eram altas e pequenas. As casas, portanto, eram escuras. Seria necessário acender candeias para se enxergar debaixo dos móveis e mesmo para varrer, tentando alcançar com a vassoura o objeto perdido. A mulher iluminou, varreu e olhou tudo até encontrar a moeda valiosa, que estava perdida.
Assim devemos nos portar com relação a qualquer membro que se tenha perdido. Devemos orar, visitar e procurar, com diligência, trazendo, sempre que possível, cada um de volta ao seu lugar. Cada pessoa é valiosa para Deus e tem o seu lugar no Corpo de Cristo. Somos o “dote” do casamento.
Alguém perguntou a um pastor: “até onde eu devo ir com um irmão que “empacou no caminho” e resiste em prosseguir?” E este lhe respondeu: “até ao limite do seu amor”. Há pessoas preciosas que ficam “agarradas” em seus problemas e suas dificuldades na caminhada e não percebem a realidade maravilhosa que é seguir Jesus. É preciso muito amor e paciência para ajudá-los. Há os que esfriam e se desviam por motivos tão pequenos. É necessário trazê-los de volta.
Alguns irmãos estavam com essa árdua tarefa de ajudar um “desviado” e lhe disseram: “se você não quer orar, nós oraremos por você; se não quer jejuar, nós jejuaremos por você; não desistiremos até que o seu coração seja aquecido pelo fogo do Senhor e você volte ao seu lugar”. É isto o que o Senhor nos transmite na parábola da dracma perdida. Há os que se perdem “dentro de casa”. É necessário haver diligência e muito amor para que voltem.
Você conhece alguém que estava caminhando na igreja, na célula, e hoje já não está mais? Você gostaria de vê-lo novamente nos caminhos do Senhor? Então comece a pagar o preço em oração e demonstrações de amor por esse irmão. O Senhor deseja restaurá-lo.

Demonstrando verdadeiro amor
A Bíblia nos fala de quatro amigos que levaram um paralítico a Jesus (Mc 2:1-12). O Mestre estava em uma casa na cidade de Cafarnaum. Ele estava ensinando e curando as pessoas, como sempre fazia. A multidão se aglomerava nos cômodos da casa e era impossível alguém entrar, principalmente alguém carregado em uma maca.

Aqueles quatro amigos tiveram uma idéia de como permitir que o paralítico fosse visto e assistido por Jesus. Eles subiram ao eirado e abriram-no no ponto em que o Mestre se encontrava, e desceram por ali o homem inválido. O texto nos diz que Jesus viu a fé deles e disse ao paralítico: “Filho, perdoados estão os teus pecados”. Os fariseus e intérpretes da lei que estavam presentes ficaram abismados. Eles sabiam que somente Deus poderia perdoar os pecados de qualquer pessoa…
E o Mestre, então, ordenou que o paralítico tomasse o seu leito e andasse. E ele se levantou mesmo e todos começaram a glorificar a Deus em alta voz, aleluia! Jesus mostrou que tem poder para perdoar (por causa de sua obra no Calvário) e poder para curar as pessoas. E a alegria que tomou conta daquele povo foi imensa.
Jesus cura, liberta, salva e dá dons aos que o amam e buscam a sua face, aleluia!

Para refletir:
Leia alguns textos e medite: Lc 15:1-32; At 3:1-11; Tg 5:17-20; Is 61:1-10; II Tm 2:23-26
Existem muitos “paralíticos” impossibilitados de chegar perto do Jesus para serem libertos e curados. Eles estão presos ao orgulho, auto-compaixão e pecados diversos. Mas o Senhor deseja restaurá-los completamente, não é mesmo?


O que você pode fazer por essas pessoas?
Você conhece algum “paralítico” espiritual? Alguma “dracma perdida”?
Que tal, em sua célula, vocês fazerem uma lista dos “desviados do evangelho” e orarem durante um período por essas pessoas? Que tal, após esse período de oração, vocês lhe fazerem um convite para conhecer sua célula?
Há muito que fazer em nossos dias; faça o que estiver ao seu alcance para restaurar e trazer de volta os pródigos ao lar paterno.

Aprender e Ensinar

Texto-Base: “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino mostra integridade, reverência” Tt 2:7

O Ensino e a Sabedoria

O livro de Provérbios foi escrito com a finalidade de ensinar. Ele traz comparações sérias e abalizadas entre o ímpio e o justo (Pr 11:1-11); o sábio e o tolo (Pr 13:1-10); o sensato e o imprudente (Pr 11:22-30); o bom e o perverso (Pr 11-:17-21). E, nessas comparações, coloca o leitor diante da escolha que irá determinar a própria vida, não somente aqui na terra, como também na eternidade.
Salomão inicia “Provérbios” falando acerca da orientação recebida de seu pai, Davi: “Quando eu era filho, em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe, então ele me ensinava e dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras, guarda os meus mandamentos e vive; adquire a sabedoria [...] sim, com tudo o que tens adquire o entendimento” (Pr 4:3-4, 7).
Davi preparou seu filho Salomão para buscar a sabedoria e o entendimento da vontade de Deus em sua vida. Quando o Senhor apareceu a ele, em sonhos, dizendo-lhe: “Pede-me o que queres que eu te dê” (I Re 3:5), a resposta de Salomão já estava pronta no seu interior. Ele queria ter um coração sábio. E isto agradou a Deus. O Senhor lhe concedeu, não apenas a sabedoria que pedira, mas também riquezas, glória e longevidade (I Re 3:10-14). Todas as bênçãos acrescidas eram conseqüentes da prática da sabedoria (Mt 6:33).
Não adianta a pessoa saber o que deve fazer, ela precisa colocar em prática o que sabe. Salomão sabia o que era certo, de acordo com o que ele mesmo escreveu no Salmo 127: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam…” (v.1). Entretanto Salomão não colocou esse princípio importantíssimo em prática. Ele não permitiu que o Senhor edificasse o seu lar. Ele não permitiu que Deus escolhesse a sua rainha (I Re 3:1; 11:1-8), como, por exemplo, o fez Eliézer, ao buscar esposa para Isaque (Gn 24:12-14).

Nosso sábio Mestre
Dentro dos planos do Senhor para a salvação do homem, Deus optou por usar-nos como instrumentos de sua graça, anunciando uns aos outros a redenção em Cristo Jesus. Ele nos chama e capacita para sermos “testemunhas” dele tanto em Jerusalém (nossa cidade, nossa casa, o ambiente onde vivemos), como em toda a Judéia, Samaria e até os confins da Terra (At 1:8).
A evangelização dos homens acontece sob a luz do Espírito Santo. Ele é quem convence os corações do pecado e nos leva ao sangue perdoador de Jesus, derramado no Calvário. E a confirmação da nossa fé, o fortalecimento do nosso amor pelo Senhor, o entendimento de sua vontade e o crescimento espiritual irão acontecer através dele e por meio dele.
A presença do Espírito Santo em nós constitui-se no bom “perfume de Cristo”. Esse perfume, ou melhor, essa presença inigualável é que traz “sabor” à nossa vida. E o Espírito de Deus é o nosso Mestre e ensinador. Sem Ele, jamais conseguiremos viver o “sermão da montanha”. Sem o Espírito Santo para nos mostrar o caminho da paz, da alegria, do verdadeiro descanso, da salvação, do Getsêmani, do Gólgota, da cruz… Sem Ele, nós nunca poderíamos ser chamados “cristãos”.
Tiago nos diz que devemos orar, pedindo a Deus que Ele nos ensine, dando-nos a verdadeira sabedoria. Essa sabedoria, que vem do alto (Tg 1:5-6; 3:13-18), e que é pura, pacífica, amável, perdoadora, plena de misericórdia, de bons frutos, imparcial e sem fingimento. Essa sabedoria que se revela no próprio Espírito de Deus, em cuja bagagem estão incluídos todos os tesouros para uma vida feliz, isto é, uma vida em paz com Deus, com os homens e consigo mesmo.

O Espírito Santo nos capacita para ensinar
A grande comissão de Jesus foi assim registrada por Mateus: “Indo, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28:19-20).
Recebemos a incumbência de ensinar as coisas de Deus às pessoas de todas as nações. E somente conseguiremos ensinar, ou fazer discípulos de Jesus, com a ajuda do Espírito Santo. Ele está conosco e nos capacita para essa tarefa. Ele nos faz lembrar a Palavra de Deus que está em nossos corações. Ele ilumina a Escritura Sagrada e nos revela os propósitos divinos (I Co 3:10-13), trazendo vida, entendimento (Mc 13:11) e santificação.

O que Ensinar
Em II Tm 3:14-17, Paulo fala ao seu discípulo Timóteo que ele deve permanecer no que aprendeu acerca das Escrituras. E que ele deverá ensinar a sã doutrina (II Tm 4:1-5). Todo o alimento espiritual do cristão está contido na Palavra de Deus. Ela é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl 119:105).
O apóstolo Paulo evangelizou e preparou líderes para a Igreja do Senhor. Ele escreveu a Timóteo, seu filho na fé (I Tm 1:2), que deveria ensinar o que aprendera com ele (Paulo) a outros, formando uma cadeia de discípulos através das gerações (II Tm 2:1-2). E a igreja caminha nessa direção: os que já experimentaram de Cristo irão compartilhar a sua fé e ensinar o que têm aprendido nas Escrituras.
A proposta da célula é esta: formar discípulos de Jesus, verdadeiros cristãos. Você tem falado de Jesus a outras pessoas? Você tem compartilhado com outras pessoas aquilo que tem aprendido na Palavra de Deus? O Senhor nos chamou para ser “sal da terra” e “luz do mundo” no meio onde vivemos. É muito importante ajudar outros irmãos em sua jornada cristã. Todos nós precisamos uns dos outros. Aprender e ensinar – essa é a nossa tarefa sob a doce comunhão com o Espírito Santo.

Desafios para a semana:
1. Peça ao Espírito Santo que te ensine, ao ler a Bíblia no seu momento devocional, a sós com Deus.
2. Estude cuidadosamente as lições da célula: leia os textos bíblicos e ore.
3. Comece a anotar as mensagens de domingo em um caderno.
4. Estude novamente em casa o que você aprendeu através do pastor nos cultos. Leia novamente os textos e estude.
5. Analise sua vida. Veja se você está realmente colocando em prática o que aprendeu.
6. Compartilhe a mensagem que tanto tocou em seu coração – fale para outros acerca do que aprendeu: à sua esposa, ao seu colega de trabalho, de escola, seu vizinho, etc.
Tenha um filho na fé e ajude-o na caminhada.

As Promessas do Senhor

Texto Base: “Se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (II Tm 2:13)

As Promessas de Deus
No Antigo Testamento não existe um termo específico para a palavra “promessa”, como nós conhecemos. Há apenas a confirmação de palavras proferidas, através do termo hebraico “ãmar ou dãbhar”. Entretanto percebemos que o Senhor valoriza a sua Palavra e o seu Nome acima de todas as coisas (Sl 138:2). Nada que esteja escrito na Bíblia Sagrada foi sem propósito (II Tm 3:16-17). Deus deixou a sua Palavra para que a nossa confiança estivesse depositada Nele e no que Ele disse (II Tm 2:11-13).
Na verdade, a “promessa” se prolonga por um tempo indeterminado (Sl 90:1-4). Biblicamente a promessa vai além do tempo e do espaço, para aquele que a faz e para quem a recebe. A promessa promove o encontro dos dois (de quem a faz e de quem a recebe) no futuro. Vejamos algumas promessas do Senhor para nós:

Promessas que prosseguem no tempo
Temos promessas que oferecem uma certeza de ação continuada através do tempo. Por exemplo, quando Jesus disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos… E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:18-20).
Temos a certeza de que o Senhor está conosco sempre, através da presença gloriosa de seu Espírito Santo. Esta é uma promessa do Senhor que nos garante segurança total e a confirmação da atuação do Espírito Santo nos corações que ouvem a Palavra do evangelho.
Nas bem-aventuranças (Mt 5:1-12), encontramos várias promessas desse tipo: de obter o reino dos céus (os humildes de espírito), de serem consolados (os que choram), de herdar a terra (os mansos), de serem fartos (os famintos de justiça), de alcançarem misericórdia (os misericordiosos), de verem a Deus (os limpos de coração), de serem chamados filhos de Deus (os pacificadores) e de terem grande galardão (os perseguidos por causa do nome de Jesus). Você tem experimentado essas promessas de Jesus? Você pode compartilhar alguma dessas promessas das bem-aventuranças em seu dia-a-dia?
Há promessas condicionais que extrapolam o tempo, as gerações e podem ser experimentadas mais de uma vez pela mesma pessoa, como, por exemplo: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1:9).
Podemos observar que a condição de se ter um coração limpo é através da confissão ao Senhor de nossas faltas. Você tem feito isto? O seu coração está limpo? Você tem levado o seu coração (isto é, a sua vida) para “ser passada em revista” pelo Senhor? Você tem o costume de pedir perdão quando erra? De pedir perdão ao Senhor e deixar que seus pecados sejam perdoados pelo sangue do Cordeiro? Lembre-se que uma vida abundante na presença do Senhor requer o perdão (purificação) e o abandono da prática do pecado (santidade).

Promessas e Alianças
Há promessas de Deus embutidas nas Alianças que Ele fez com o homem, e continuam tendo validade. A aliança feita com Abraão e com sua descendência está recheada de promessas. Estas incluem a posse da terra e uma descendência numerosa. Deus disse a Abraão que ele seria pai de grande multidão, como os grãos do pó da terra (ou dos grãos de areia do mar). E Deus cumpriu sua palavra: tantas nações vieram de Abraão (todos os árabes e os judeus), são como a areia da praia.
Podemos ver Israel de volta à sua terra, hoje, como um cumprimento profético de sua aliança no passado com Abraão, tendo sido repetida a Isaque, a Jacó e a Moisés.
Mas também vemos a Igreja como sendo a descendência de Abraão através de Jesus. O Senhor disse ao seu servo: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua descendência” (Gn 15:5). Essa descendência semelhante às estrelas é a igreja (Dn 12:3) – os “filhos de Abraão em Cristo”, gerados pela fé. Leia Gálatas 3:6-14 e veja como Paulo nos ensina essa verdade: as bênçãos de Abraão são para nós, sua descendência pela fé: “para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (v.14).
A bênção de Abraão não é, como muitos pensam, a riqueza e o destaque entre as outras nações, mas, muito mais do que isto: é a presença do Espírito Santo em nossos corações. Você acha que pode existir uma promessa maior do que a presença do próprio Deus habitando em nós? Comente um pouco sobre isso na célula.

Promessas e Profecias:
Há promessas de Deus que são profecias de acontecimentos futuros. Estas se realizam uma única vez. Como, por exemplo, na saída de Israel do Egito, Moisés falou a palavra de Deus a Faraó: “Deixa sair o meu povo, para que me sirva. Porque se recusares deixá-lo ir, e ainda por força o detiveres, eis que a mão do Senhor será sobre o teu rebanho…” (Ex 9:1-3).
É importante salientar que o Senhor nos diz: “a palavra que sair da minha boca jamais voltará vazia, mas fará o que me apraz” (Is 55:10-11). Não há promessas inconseqüentes de Deus na Bíblia, pelo contrário, todas as suas promessas encontram em Cristo o “sim e o amém” (II Co 1:20). Isto é maravilhoso!
Temos um Deus que é fiel e cumpre o seu compromisso assumido conosco, aleluia!

Promessas maravilhosas de Deus:
As promessas de Deus não falham (I Re 8:56). Elas são garantidas pelo poder divino (Rm 4:21). Paulo nos diz que todas as promessas do Senhor para nós estão fundamentadas em Cristo (II Co 1:20). O valor dessas promessas é infinito, pois nos faz participantes da natureza divina (II Pe 1:4). As preciosas promessas de Deus para nós culminam com a posse da vida eterna em Cristo (I Jo 2:25).
É muito importante viver debaixo da cobertura da Palavra de Deus. Usar a proteção que há em suas promessas maravilhosas. Mas para que isso aconteça, eu tenho de conhecer essas promessas. Preciso ler as Escrituras, pois elas têm palavras de vida eterna e testificam de Jesus, revelando todo o propósito de Deus para nossas vidas.
Conta-se que um mendigo esmolava todos os dias assentado sobre uma grande pedra no jardim de uma praça. Ali ficava, com as mãos estendidas, e gritava pedidos para despertar a compaixão dos que passavam. Assim foi a sua vida, até que veio a falecer. Nessa mesma ocasião, o prefeito da cidade resolveu revitalizar a praça, e aquela pedra foi revolvida. Para surpresa geral, foi encontrado um grande tesouro sob aquela enorme pedra. Tesouro valiosíssimo que trouxe grande prosperidade e nome para toda a cidade.
Quantos vivem a sua trajetória como aquele mendigo, não é mesmo? Estão mendigando as bênçãos e não sabem que estão assentados sobre um grande tesouro. Abra a Bíblia. Comece a lê-la com interesse e sede. Beba de sua água refrescante quando passar pelos desertos da vida. Alimente-se de seu farto pão, quando houver a escassez ao seu redor, e não se esqueça de reparti-la com os famintos. Escreva as promessas de Deus, olhe para elas, firme os seus passos e desfrute da fidelidade do Senhor todos os dias do seu viver.

Desafios para a semana:
• Leia algumas das promessas do Senhor para nós e tome posse do seu infalível cumprimento:
Dias melhores (Sl 30:5), livramento (Sl 34:19, 20), na enfermidade (Sl 41:3, 94:2), presença de Deus conosco nas provas (Is 43:2), promessa do lar eterno (Jo 14:1-2), tudo acontecendo para o nosso bem-estar (Rm 8:28, II Co 4:17), sua graça nos basta (II co 12:9), comunhão nos sofrimentos de Cristo (I Pe 4:12-13), livramento final de toda tristeza e dor (Ap 21:4).
• Comente com os irmãos na célula sobre o cumprimento de alguma promessa de Deus em sua vida.
• Faça o propósito de ler toda a Bíblia e vá marcando as promessas de Deus para nós.

Aliança Familiar

Texto-base: “Feliz quem teme ao Senhor e anda nos seus caminhos” Sl 128:1

A Família

Deus criou a família. Ele fez o primeiro homem, viu a sua necessidade de companhia e preparou-lhe a mulher, fazendo-a sob medida para Adão (Gn 2:18-24). Ambos viviam em plena harmonia (Gn 2:24-25), perfeito amor e comunhão com o seu Criador (Gn 3:8). Todas as tardes, na viração do dia, o Senhor vinha para visitá-los e conversavam. Como é bom voltar a esse paraíso! Como é bom ter um horário marcado com Deus para conversar: ouvi-lo e poder colocar diante Dele os nossos questionamentos, dúvidas, anseios e expectativas… Como é importante o casal ter essa comunhão com Deus e levar os filhos na mesma direção!

Temos visto, em nossos dias, a família se desintegrar, murchar e morrer… O inimigo tem atacado de maneira feroz os casais. Os relacionamentos estão estremecidos com brigas constantes, por motivos banais. A base da boa convivência é o amor e o perdão. O mandamento do Senhor para todos os membros da família é: “amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei” (jo 13:34). O modelo de amor que Jesus nos dá é sacrificial: amar do mesmo modo como Ele nos amou, isto é, estar pronto a dar a vida uns pelos outros.

O maior inimigo do amor é o egoísmo. Quando se pensa em si mesmo acima de tudo, não há lugar para os outros. Hoje em dia, os casamentos estão fracassando por causa do egoísmo. Cada um pensa em ser feliz e não aceita o jugo da renúncia e do perdão (Rm 12:9-21).

O Respeito e a Consideração
A Bíblia nos mostra o povo de Israel com sua história ligada diretamente à formação da família de Abraão. O nascimento de Isaque (Gn 21:1-7) mostra o plano cuidadoso de Deus na formação da nação de Israel e a necessidade da obediência ao Senhor (Gn 22:1-19) para que os projetos divinos se cumpram.
Sabemos que as famílias não são perfeitas. Todos nós temos defeitos e virtudes, não é verdade?

Abraão foi um marido descuidado com sua esposa. Ele foi egoísta ao pensar apenas em si, no Egito (Gn 12:10-20) e entre os filisteus (Gn 20:1-17). Ele pediu a Sarah que falasse que era sua irmã, o que realmente era (por parte de pai), para se proteger da morte (pois muitos maridos eram mortos por causa da beleza de suas esposas). E, Sarah, por sua vez, não demonstrou fé suficiente para crer que Deus lhe daria um filho, entregando ao marido a sua serva Agar (Gn16:1-6).

A Bíblia nos abre as portas dos lares dos patriarcas no VT, e nos permite ver os problemas que enfrentaram e as decisões que tomaram nas diversas circunstâncias. Podemos perceber que todos (Abraão, Isaque (Gn 27), Jacó (Gn 30:1-25), José (Gn 37:1-36), Davi (II Sm 11:1-27), Salomão (I Re 11:1-8), Samuel (I Sm 8:1-3), etc) tiveram os seus acertos e erros. As situações se repetem em nossos lares. Temos o exemplo do passado para que acertemos no presente e asseguremos a vitória no futuro, para que tenhamos uma descendência abençoada.
Você pode citar alguns problemas dos lares da Bíblia que se repetem hoje?
Entre os membros da família é necessário que haja o amor mútuo, a consideração, o respeito e a valorização de cada um. O Senhor diz: “Como é bom e agradável que os irmãos vivam em união” (Sl 133:1). Essa união de coração é proporcionada pelo Espírito Santo de Deus. Ele é o óleo precioso que aplica o amor e o perdão aos corações, aleluia!
Comente na célula algumas lições tiradas da sua experiência familiar, em que houve o perdão e o amor, trazendo soluções.

Falando positivamente da família
Há muitas pessoas que falam mal de seus familiares. Apontam os seus defeitos e mostram suas falhas a todos. Sabemos que a falta de perdão nos faz “cobrar” das pessoas as suas atitudes e falhas. Entretanto o amor “cobre” multidão de pecados. Amar não significa ser conivente com o pecado, aceitando-o como certo, mas consiste em não levar em conta o que foi feito contra nós e cobrir as faltas com o sangue de Jesus.
Fale bem de sua família. Encontre os pontos positivos dela para falar aos outros e entre si. Procure as virtudes de seu cônjuge e fale delas com ele (a). Elogie seus filhos e incentive-os à prática do amor e do perdão. Ame seus pais e esteja junto deles o máximo que lhe for possível. Valorize seus familiares e perdoe as faltas que cometeram em relação a você.
Na história de José, encontramos o mais lindo e emocionante capítulo de perdão. José chorava quando falava com seus irmãos. Ele os amava, mas não tinha a certeza de que eles estivessem arrependidos do mal que lhe fizeram. E, quando Judá se propôs a ficar como escravo no lugar de Benjamin, José se derreteu no íntimo, pois era isto que ele sempre desejara. Que seus irmãos amassem tanto a ele quanto a Benjamin (sem inveja, mágoa ou rancor).
Todos lucram com o amor na família. É necessário que se use as 5 linguagens do amor no lar: 1) Palavras de aceitação, confissões de amor (elogio e estímulo com palavras de carinho); 2) Gastar tempo de comunhão uns com os outros (tirar tempo para passearem juntos, comerem um sanduíche, realizarem encontros familiares para conversarem e lembrarem o passado); 3) Dar presentes (demonstrações de apreço e consideração, gratidão num cartão ou numa ligação telefônica); 4) Servir com amor (fazer algo para demonstrar amor, levar o café na cama, visitar, acompanhar ao dentista, ficar no hospital como acompanhante); 5) Toque (um abraço, um beijo, um afago nos cabelos brancos dos pais).

Para ler e refletir:
Leia os seguintes textos: Sal 127, Sal 128, Pr 31:10-31, Ef 5:22-31, 6:1-4; I Co 13;1-13
Como você tem vivido a vida familiar?
Você sabia que a aliança que temos é de amor e fidelidade?
Como tem sido o relacionamento entre os membros da sua família?
Você tem falado as linguagens de amor na sua família?
Há alguma coisa para perdoar ou para acertar entre você e algum membro da família? Você tem orado pelos seus familiares?

A mensagem da Paz

Texto Base: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5: 9)

A mensagem da Paz

O coração humano encheu-se de medo da presença de Deus após o pecado. Adão e Eva se esconderam ao ouvir a voz do Senhor no jardim do Éden (Gn 3:8). Antes, o momento da viração da tarde era esperado com alegria, pois a sua expectativa era ver e ouvir o seu amado Criador. O primeiro casal desfrutava da comunhão celeste, podendo perguntar e ouvir as respostas divinas acerca de todas as coisas. Como era maravilhoso viver assim… Realmente este é o significado de “paraíso”: a presença de Deus conosco sem barreira alguma.

Entretanto o pecado fez a separação entre Deus e o homem (Is 59:2). Um grande abismo se formou por causa da desobediência e o orgulho semeado no coração humano pelo desejo de ser independente de Deus, conhecedor do bem e do mal… Antes Adão e Eva conheciam apenas o bem, agora, experimentaram o mal (Gn 3:6-7). E como isso era ruim. Quantas conseqüências funestas (Rm 3:23, 6:23). Quanto sofrimento (Gn 3:14-19). Quanta confusão e destruição.

O coração do homem ficou sem paz (Is 57:21, 59:8). Inquieto (Gn 4:12). Ansioso (Lc 12:22-30). Triste (II Co 7:10). Culpado (Tg 2:10). Sentindo-se condenado (Jo 3:18). Afastado de Deus. Perseguido pela culpa e sem o caminho de volta. Era necessário que uma mensagem de paz para trazer esperança e devolver ao homem aquela doce e preciosa comunhão. E Deus mesmo se encarregou disso (Ef 2:14).

No Éden Deus anunciou a esperança e concretizou-a na plenitude dos tempos. O anjo anunciou: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. e isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc:2:10-14).



O Príncipe da Paz

Um dos nomes de Jesus é “Príncipe da Paz”, anunciado 700 anos antes do seu nascimento, pelo profeta Isaías (Is 9:6). O seu governo é de paz (Jo 14:27). Ele se revela como Deus e regente da paz, sendo Ele mesmo a nossa paz.

A felicidade do homem está profundamente relacionada com a paz: paz com Deus, paz consigo mesmo e paz com o próximo. A paz com Deus é estabelecida pelo perdão dos nossos pecados (Rm 5:1). Somente o coração limpo pode contemplar o Senhor e usufruir dos benefícios de sua comunhão gloriosa (Mt 5:8).

A saudação dos cristãos é: “a paz do Senhor”, ou “graça e paz”. É com estas palavras que se iniciam as cartas apostólicas do Novo Testamento (Rm 1:7, I Co 1:3, Gl 1:3, Ef 1:2, Fp 1:2, I Ts 1:2). A paz com Deus advém da segurança de termos os nossos nomes escritos no Livro da Vida. “Já não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

As nossas dívidas diante da justiça de Deus foram encravadas na cruz (Cl 2:14). “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele”… (Is 53:5b). Em Cristo, nós fomos justificados, isto é, os nossos pecados foram “zerados”, “apagados”, “pagos” à justiça de Deus, e não há mais condenação (Rm 8:1), aleluia! Passamos a ter uma nova vida (II Co 5:17), uma nova história e teremos um novo nome na glória celestial (Ap 2:17).

Ser um Pacificador

Jesus disse que nos daria a sua paz, e realmente cumpriu sua promessa. Porém faz-se necessário manter essa paz em nossos corações (Rm 12:8). E isto depende de nós. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5: 9). Os filhos de Deus também são filhos da paz. São pacificadores (Rm 12:18). Agentes de paz (II Co 13:11). Transbordantes de paz (Gl 5:22). Semeadores da paz (Rm 10:15).

Para manter o coração cheio de paz é necessário estar sempre com o coração limpo, santo. Sabemos que “santo” não é o que nunca se suja, mas o que sempre se lava. Sempre se lava no sangue do Cordeiro. Se purifica na fonte carmesim do Calvário, de onde procedem perdão e santificação pela atuação do Espírito Santo (I Jo 1:7-9).

Ser um pacificador não consiste em estar “separando brigas dos outros”, ou “pondo água na fervura” dos conflitos alheios. Mas ser um pacificador é ser um semeador da paz, da verdadeira paz. “Orai pela paz de Jerusalém, sejam prósperos os que te amam” (Sl 122:6-9). Esta Jerusalém não é apenas a capital de Israel na Palestina, mas a Jerusalém celestial, a igreja (Gl 4:25-26).

Precisamos orar pela paz, ou melhor pela total direção do Senhor em sua igreja e para que se implante o governo do Príncipe da Paz na Jerusalém terrestre também. Somente experimentamos a paz do Senhor quando estamos no centro de sua vontade. E nada existe melhor do que isto: estar no centro da vontade de Deus. Você tem experimentado essa bênção em seu viver? Você está em paz com Deus? Em paz consigo mesmo? Se alguma coisa te condena ou perturba, confesse a Deus, receba o seu perdão e não aceite mais acusações do inimigo em sua mente. Você está em paz com o seu próximo? Há alguma coisa para perdoar? Alguma coisa para pedir perdão? Acerte com o seu próximo enquanto é tempo e seja um pacificador.

Desafios para a semana

Leia com atenção estes textos e aplique-os à sua vida: II Co 13:11, Gl 5:22, Ef 4:3, 6:23, Cl 3:15, I Ts 5:23, 3:16, Hb 12:14.

Neste final de ano, procure dar de presente literatura (folhetos ou livros) que falem da paz e da salvação, aos seus amigos, colegas de trabalho, formandos e parentes.

Ao amanhecer de cada dia, ore e ministre a paz do Senhor em seu lar, local de trabalho e por onde você for passar. Lembre-se que somos agentes da paz e devemos levá-la através de nossas palavras e atitudes. A paz do Senhor irá aos corações que se abrirem para recebê-la.

Decore alguns desses versículos sobre a paz, principalmente Jo 14:27 (ensine-o aos seus filhos, netos e/ou sobrinhos).

Compartilhe na célula sobre situações em que você viu a atuação de Deus através de sua vida, usando-o como agente da paz.