terça-feira, 13 de abril de 2010

Sua vida pode ser como um RIO (bênçãos)

1.A ÁGUA

A água é o elemento mais abundante em nosso planeta Terra, que tem três quartos de sua superfície está coberta por ela, principalmente nos oceanos, cuja profundidade média de mil metros, abriga um volume total estimado em 1.260.000.000.000.000.000.000 litros.

O corpo humano, por uma interessante coincidência, ou pela provisão do Criador, é formado pela mesma proporção de água, ou seja 75%, de modo que sem água não haveria vida.

Ao nos voltarmos para a Palavra de Deus, encontramos muitos personagens que demonstraram sede e buscaram água disponível para mitigá-la:

A – O servo de Abraão encontrou a esposa de seu senhor, Isaque, mediante a prova da água, onde pediu para a jovem que lhe desse de beber, esperando que ela oferecesse também para os seus camelos, o que aconteceu (Gn 24:1-(15-20)-67).

B – Isaque quando buscava se estabilizar na terra começou perfurando poços, que produziram água viva, e que foram motivo de contenda com os inimigos (Gn 26:12-25).

C- O povo de Israel, em muitas ocasiões, clamou por água em sua jornada pelo deserto, e Deus fez milagres para ajudá-los (Ex 17:1-7).

D– Sansão, após vencer mil inimigos com apenas uma queixada de jumento, teve muita sede e clamou ao Senhor por sua vida, tendo sido alvo do milagre da rocha fendida que lhe deu o líquido
necessário (Jz 15:14-20).

E– Jesus, em sua natureza humana, mesmo tendo seguido para a cruz, como uma ovelha muda (Isa 53:7), pediu água antes de expirar (João 19:28).

F– O Mestre pediu, igualmente, água para a mulher Samaritana, em um episódio memorável, do qual iremos extrair uma lição preciosa nesta meditação (João 4:1-30).
João Batista, o precursor de Jesus, realizava seu ministério advertindo as pessoas para que se arrependessem, e as batizava com água (Mt 3:1-(11)-12).

O primeiro milagre de Jesus foi a criação de vinho nas bodas as quais assistia, e isso não
aconteceu a partir do nada, mas com o uso da água (João 2: 1-12).

Este evento, mais do que uma realização material extraordinária, nos apresenta um simbolismo da realidade eterna, uma vez que temos na água o significado da Palavra Viva de Deus, e no vinho, a Remissão pelo Sangue de Cristo.

Jesus, ao conversar com Nicodemos, esclareceu que era necessário nascer de novo, e que isso teria que acontecer pela ação da Palavra e do Espírito de Deus:
...“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”...
...“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus....” (João 3: 1-21).

Da mesma forma, o Mestre identifica o vinho como o símbolo de seu sangue que é vertido pela nossa salvação (Mc 14:24).

As Escrituras nos afirmam sobre quem testifica a realidade divina da salvação, tanto na Terra como nos céus:

“Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo. Ele não veio só pela água, mas
pela água e pelo sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.”
“Pois três são os que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra (água), e o Espírito Santo; e estes três são um.” “E três são os que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue; e estes três
concordam.” (I Jo 5:6).

Naturalmente, não basta que exista a água para que seja possível obter dela o retorno de vida que tanto desejamos, ela precisa ser potável, ou seja, adequada para o consumo, como nos mostram exemplos bíblicos:


O POVO DE ISRAEL, diante de um local onde águas existiam no deserto, mas eram amargas:

“Então chegaram a Mara, mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas. É por isso que o lugar é chamado Mara.”...
...“Então Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore. Lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces.” (Ex 15:23-25).


De fato, da água que existe no mundo 97,5% é salgada, mantida em oceanos e mares, e em alguns outros lugares ela embora doce, se encontra deteriorada pela má qualidade do solo que a contêm, ou por impurezas que a atingiram.


2. O RIO

Sobre essa realidade podemos compreender que somente a Palavra pura (leite não falsificado: IPe 2:2, ou água sem mistura) de Deus é uma água que pode ser consumida por nós. Isto, todavia, não motiva as pessoas de forma adequada, e muitos preferem um “refrigerante do diabo”, as águas cristalinas de Deus:

“O meu povo fez duas maldades: A mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.” (Jr 2:13).

Quando avaliamos as palavras do Senhor, neste texto, observamos que Ele está se referindo a forma mais dinâmica na qual a água possa se apresentar, na trajetória de um rio, pois suas águas, diferentemente, de mares, lagos, lagoas, poças e poços, são “vivas”. De fato, os rios são apresentados por Deus desde o Gênesis até o Apocalipse, pois existiam, como elementos de vida e riqueza no Éden, e estará presente na Nova Jerusalém;

“Ora, plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, ao oriente, e pôs ali o homem que tinha
formado.”... ...“Saía um rio do Éden para regar o jardim; dali se dividia e se tornava em quatro braços.” “O nome do primeiro é Pisom: este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.” “O ouro dessa terra é bom: ali há o bdélio, e a pedra de ônix.” “O nome do segundo rio é Giom: este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.”

“O nome do terceiro rio é Tigre: este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.” (Gn 2:4-15).
“Então me mostrou o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.”
“No meio da sua praça, em ambas as margens do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês. E as folhas da árvore são para a cura das nações.” (Ap 22:1-2).

As palavras da Revelação nos mostram que, mesmo na eternidade, haverá um rio, cuja nascente está localizada no próprio trono de Deus, e isso nos remete a profecia de Ezequiel que fala de um rio, nos mesmo termos do relato de João;

“Depois disto me fez voltar à entrada do templo, e eu vi umas águas por debaixo do limiar do templo, para o oriente, pois a frente do templo olhava para o oriente, e as águas vinham debaixo, do lado direito do templo, ao sul do altar.”
“Ele me levou pela porta do norte, e me fez dar uma volta por fora, até a porta exterior, que olha para o oriente, e corriam as águas ao lado direito.”
“Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos.”
“Mediu mais mil, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil, e me fez passar por águas que me davam pelos lombos.”
“Mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.”
“Ele me perguntou: Viste, filho do homem? Então me levou, e me tornou a trazer à margem do rio.”
“Ao chegar lá, vi que na margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado....”
“....Enxames de criaturas viventes viverão onde quer que o rio passar. Haverá grande número de peixes, porque estas águas lá chegam e tornam saudável a água salgada; de modo que onde quer que o rio passar tudo viverá.”
“Junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore, ...”
“....que dá fruto para se comer. Não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto. Nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário. O seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio.” (Ez 47:1-12).

Podemos constatar que o rio do Éden se dividia em quatro, multiplicando a sua abrangência, e aquele que nasce no santuário, soma a água a cada mil côvados, de modo que se torna mais e mais profundo, até aquele ponto em que uma pessoa somente pode estar nele entregando-se totalmente, uma vez que não “da pé” para estar nas águas e no solo do fundo.

Vamos voltar, agora, para o encontro de Jesus com a mulher Samaritana, e, do texto do
evangelista João, selecionar os versos 13 e 14 do capítulo 4:

“Respondeu Jesus: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede,”
“mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Deveras, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.”


3. UM ELEMENTO ESSENCIAL

Diferentemente de outras bebidas, como sucos, refrigerantes, café, a água não se apresenta de uma forma especialmente atrativa, pois costumamos qualificá-la como incolor, inodora, e insípida, de modo que, quando uma pessoa acha que não está gostando muito de certo alimento afirma que ele está “aguado”.

Em verdade a água exige para que seja desejada a presença da sede.

Da mesma forma, receber a água da vida, deixar fluir os rios de Deus em nós, exige “sede das coisas eternas e da própria pessoa do Criador do Universo”, algo que não é material, pois, como disse Jesus a Samaritana, a fonte salta para a vida eterna, tal qual nos ensinam as Escrituras: Davi, um homem com sede de estar D avi, diante de Deus:

“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sal 42:2).
“Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti, o meu corpo te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.” (Sl 63:1).
“Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti como terra sedenta.” (Sl 143:6).

A Conclamação de Deus, e suas promessas:
“Os pobres e necessitados buscam água, mas não há; a sua língua se seca de sede. Mas eu, o Senhor, os ouvirei; eu, o Deus de Israel, não os desampararei.” (Isa 41:17).
“Nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o sol os afligirá. Aquele que se compadece deles os guiará, e os levará mansamente aos mananciais das águas.” (Isa 49:10). “
Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei! Vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Isa 55:1). “Vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.” (Am 8:11).


A bem-aventurança e as promessas de Jesus:

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” (Mt 5:6).
“Então Jesus lhes declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6:35).
“No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se de pé, e clamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” (Jo 7:37).
“Disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.” (Ap 21:6).
“O Espírito e a noiva dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Ap 22:17).

A promessa eterna de Jesus e de Deus para os remidos:

“Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles.” (Ap 7:16).


4. O CORRETO USO DA ÁGUA


Por outro lado, se o rio que sai do trono eterno, e cresce cada vez mais, for colocado não simplesmente à disposição do mitigar nossa sede, mas também para que passemos a possuir uma fonte em nosso interior, então nos tornaremos um instrumento divino, mensageiros da Palavra, capazes de ajudar a outros que têm sede.

Infelizmente, da mesma forma em que há resistência de muitos em beber das correntes de Deus, nem sempre é aceita a missão de levar a Palavra, e muitos se comportam de forma diferente dos rios que trazem vida, mencionados por Davi, e são símbolo de egoísmo e morte. Pensando que podem guardar a água somente para si, misturá-la com suas bebidas, e até mesmo vendê-la (Am 2:6).

“Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas (Pois nelas há vida),a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem. Tudo o que fizer prosperará.” (Sal
1:3).

Isso não satisfaz ao Senhor, pois somente as correntes que descem das montanhas, correndo cada vez mais, transportando livramento para os outros, são alegria para o que habita na eternidade:

“Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das
moradas do Altíssimo.”
“Deus está no meio dela, não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.” (Sal 46:4-5).

Um exemplo interessante desta postura nos é dado pela comparação de dois “lagos” que existem na Terra Santa, o chamado Mar da Galiléia e o Mar Morto, ambos alimentados pelo rio Jordão.

Enquanto o Mar da Galiléia recebe a água e a devolve, de várias maneiras, sendo azul, cheio de vida, com margens marcadas por flores, o Mar Morto simplesmente prende as águas que chegam aos seus 80 quilômetros de comprimento, por 18 de largura, pois se situa cerca de 400 metros abaixo do nível do oceano.

O calor evapora essa água de modo que, depois de algum tempo, restam somente sais minerais, que formam uma camada de lodo no fundo, e uma superfície morta e inerte, tão densa que não é possível mergulhar através dela.

Representam, assim, lições; o andar com Deus para que nossa paz seja como um rio, o beber da água (Palavra) que Ele nos dá, tornando-se uma torrente que leva vida para onde vai, diferente do egoísta Mar Morto.

“Porque assim diz o Senhor: Estenderei sobre ela a paz como um rio, e a glória das nações como um ribeiro que transborda; então sereis amamentados, sereis carregados ao colo, e sobre os joelhos sereis afagados.” (Isa 66:12).

A mensagem das boas novas (como o pão), que apregoam Cristo, Filho de Deus e Salvador, é lançada como que sobre as águas, e gera frutos para a eternidade:

“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.” (Ecl 11:1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário